Filip Calixto   |   08/09/2021 17:15
Atualizada em 09/09/2021 09:03

Plataforma ajuda mulheres a viajarem sozinhas pelo mundo

Sisterwave já tem planos para uma ferramenta renovada em busca da internacionalização

Em fevereiro deste ano, a brasiliense Jussara Pellicano, de 33 anos, recebeu da OMT (Organização Mundial do Turismo) o aviso de que uma ideia sua acabara de vencer a 3ª Competição Global de Startups da entidade na categoria de equidade de gênero. O projeto premiado nasceu das experiências da própria empresária, que pelo próprio desejo de viajar sozinha projetou a SisterWave, uma plataforma feita para ajudar mulheres que querem conhecer o mundo, conectando viajantes a moradoras de diferentes destinos.

Divulgação/Sisterwave
Jussara Pellicano desenvolveu a Sisterwave a partir das suas próprias experiências de viagens
Jussara Pellicano desenvolveu a Sisterwave a partir das suas próprias experiências de viagens
“Antes da criação da plataforma, viajei em três mochilões para 18 países em quase um ano. Em grande parte desses mochilões, estava viajando sozinha, e no caminho conheci muitas outras mulheres que estavam fazendo o mesmo. Era muito comum que em nossas conversas surgisse uma mesma vontade: que houvesse uma plataforma de viagens exclusiva para mulheres. Percebi que com o meu repertório anterior como designer, eu poderia criar uma ferramenta que fizesse com que as mulheres se sintam mais seguras por serem acolhidas por uma outra mulher”, explica Jussara lembrando como nasceu a ideia da startup. “Acreditamos que unindo o poder da tecnologia e poder da sororidade podemos dar mais liberdade e autonomia tanto para a mulher viajante, quanto para a moradora local (por meio da geração de renda e do intercâmbio cultural ao receber)”, completa.

Em 2019, a ideia da empresária saiu do papel e, desde então, a plataforma conecta a viajante a moradoras locais. A comunidade de mulheres, que são chamadas de sisters, já ultrapassou a marca de 20 mil brasileiras cadastradas e mais de 450 anfitriãs. Todas elas, inclusive, podem conversar por meio da solução e interagir, com um acesso disponível por uma anuidade que equivale a menos de R$ 15 reais por mês.

“E a sister pode se conectar quantas vezes quiser e pode oferecer, buscar e negociar diretamente com outras sisters através do chat, sem nenhuma taxa de intermediação da Sisterwave”, completa.

EMPRESA PREMIADA
Jussara lembra que sempre identificou na Sisterwave uma rede global de apoio e entende que o reconhecimento pela premiação da OMT pode dar o destaque necessário para esse intuito. “Dentre os itens de avaliação das startups selecionadas, estavam o alinhamento do projeto para a resolução de determinado ODS, a maturidade do time e da solução e a capacidade de escalar a nível global”, pontua.

“Ter ganhado a categoria Equidade de Gênero demonstra como o nosso compromisso de encorajar mulheres a exercerem suas diversas formas de liberdade através das viagens é importante”, sustenta.

Depois do reconhecimento, a Sisterwave já projeta novos passos. Os três principais são: internacionalização, ampliação da quantidade de serviços e ampliação da faceta de rede social que é intrínseca à plataforma.

“Outra novidade é a ampliação para que sisters de outros países possam se cadastrar numa nova plataforma com tradução para inglês e espanhol, além do português. O foco da internacionalização começa por três países, que são: Espanha, Portugal e EUA, onde já possuímos parcerias estratégicas mais estruturadas”, informa.

A nova plataforma deve ser lançada daqui dois meses e vai apresentar outros serviços de viagem entre mulheres além das hospedagens. Experiências e tours (presenciais e on-lines), day-use, cursos relacionados a viagens e ao público feminino e imersões estão nos planos.

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