Sebrae fala de Turismo inclusivo e inovador durante o Abav Collab
A palestra Inovação: a essência do Turismo reuniu empreendedores de diversas empresas do setor
Na última quarta-feira (30), o Sebrae promoveu o debate "Inovação: a essência do Turismo" durante o Abav Collab. O encontro foi mediado pela coordenadora de Turismo do Sebrae, Ana Clévia Guerreiro, e teve a participação dos empreendedores Jussara Pellicano, CEO da Sisterwave; Carlos Humberto da Silva Filho, CEO da Diáspora Black; e Leonardo Brito, CEO da iFriend.
Ana Clévia defendeu a importância de pensar nas pessoas para inovar no setor do Turismo. “Mesmo negócios tecnológicos devem valorizar o fator humano e nossos convidados de hoje têm essa característica muito forte. Tanto na concepção do negócio, quanto no que os motivou a empreender: o preconceito em viagens por questões raciais, a falta de segurança para uma mulher que viaja sozinha e a necessidade de conectar pessoas ao redor do mundo. Eles usaram a tecnologia como algo transversal para dar escalabilidade aos negócios, mas o elemento humano foi essencial para o sucesso desses empreendedores”, ressaltou a coordenadora do Sebrae.
Quando tinha 11 anos, Carlos Humberto da Silva Filho deu seus primeiros passos como empreendedor, organizando excursões para a praia, mas as situações de racismo o motivaram a criar a Diáspora Black. “Quando comecei a alugar um dos quartos do meu apartamento para turistas, muitos não acreditavam que eu era o anfitrião. Certa vez recebi um casal que se recusou a ficar na minha casa por eu ser negro. Naquele momento, eu entendi que não podia ser cliente de uma plataforma que me sujeitava a viver uma situação de racismo dentro da minha própria casa. Eu, consumidor negro, precisava ter um atendimento com a mesma qualidade e entendi que existia um grande mercado. À época, uma pesquisa apontava que negros tinham o maior índice de rejeição no Turismo pela internet. O Diáspora Black é uma plataforma que cria pontes para que as pessoas conheçam a cultura negra e para oferecer melhores serviços a viajantes e turistas negros”, comentou Silva Filho.
Já Leonardo Brito, criou o iFriend quando percebeu a necessidade de, ao viajar sozinho, poder se conectar com algum morador da cidade para ter uma experiência da companhia de quem vive na localidade e conhece a realidade. “O lançamento da plataforma aconteceu em 2018, durante a Copa do Mundo da Rússia. Cadastramos mais de 50 guias naquela localidade e o resultado foi um sucesso. Esse foi o estopim que precisávamos para deixar minha carreira como executivo de empresa. Tirei o terno e a gravata e passei a me dedicar exclusivamente a essa causa que eu tanto acredito. O iFriend promove a inclusão social de diversas comunidades em todo mundo, pois permite que você se torne um guia na sua própria cidade. Afinal, quem conhece melhor um lugar do que quem mora lá?”, argumentou Brito.
A Sisterwave foi concebida para proporcionar uma experiência de Turismo ao público feminino. Baseado no conceito de sororidade, a proposta é que mulheres aluguem quartos para mulheres e, assim, evita que passem por situações de machismo, além de contar com grupos de mulheres com interesses comuns. “As dores da mulher são próprias e transversais, e têm muita convergência com os dois tipos de negócio mencionados anteriormente. A necessidade de estar com pessoas locais, permitindo que você veja aquela realidade com mais autenticidade”, explicou Jussara Pellicano. Segundo ela, o Brasil está em segundo lugar entre os países turísticos mais hostis para mulheres viajantes e o objetivo da solução digital é permitir que elas se sintam mais tranquilas e seguras por estarem entre mulheres.
Ana Clévia defendeu a importância de pensar nas pessoas para inovar no setor do Turismo. “Mesmo negócios tecnológicos devem valorizar o fator humano e nossos convidados de hoje têm essa característica muito forte. Tanto na concepção do negócio, quanto no que os motivou a empreender: o preconceito em viagens por questões raciais, a falta de segurança para uma mulher que viaja sozinha e a necessidade de conectar pessoas ao redor do mundo. Eles usaram a tecnologia como algo transversal para dar escalabilidade aos negócios, mas o elemento humano foi essencial para o sucesso desses empreendedores”, ressaltou a coordenadora do Sebrae.
Quando tinha 11 anos, Carlos Humberto da Silva Filho deu seus primeiros passos como empreendedor, organizando excursões para a praia, mas as situações de racismo o motivaram a criar a Diáspora Black. “Quando comecei a alugar um dos quartos do meu apartamento para turistas, muitos não acreditavam que eu era o anfitrião. Certa vez recebi um casal que se recusou a ficar na minha casa por eu ser negro. Naquele momento, eu entendi que não podia ser cliente de uma plataforma que me sujeitava a viver uma situação de racismo dentro da minha própria casa. Eu, consumidor negro, precisava ter um atendimento com a mesma qualidade e entendi que existia um grande mercado. À época, uma pesquisa apontava que negros tinham o maior índice de rejeição no Turismo pela internet. O Diáspora Black é uma plataforma que cria pontes para que as pessoas conheçam a cultura negra e para oferecer melhores serviços a viajantes e turistas negros”, comentou Silva Filho.
Já Leonardo Brito, criou o iFriend quando percebeu a necessidade de, ao viajar sozinho, poder se conectar com algum morador da cidade para ter uma experiência da companhia de quem vive na localidade e conhece a realidade. “O lançamento da plataforma aconteceu em 2018, durante a Copa do Mundo da Rússia. Cadastramos mais de 50 guias naquela localidade e o resultado foi um sucesso. Esse foi o estopim que precisávamos para deixar minha carreira como executivo de empresa. Tirei o terno e a gravata e passei a me dedicar exclusivamente a essa causa que eu tanto acredito. O iFriend promove a inclusão social de diversas comunidades em todo mundo, pois permite que você se torne um guia na sua própria cidade. Afinal, quem conhece melhor um lugar do que quem mora lá?”, argumentou Brito.
A Sisterwave foi concebida para proporcionar uma experiência de Turismo ao público feminino. Baseado no conceito de sororidade, a proposta é que mulheres aluguem quartos para mulheres e, assim, evita que passem por situações de machismo, além de contar com grupos de mulheres com interesses comuns. “As dores da mulher são próprias e transversais, e têm muita convergência com os dois tipos de negócio mencionados anteriormente. A necessidade de estar com pessoas locais, permitindo que você veja aquela realidade com mais autenticidade”, explicou Jussara Pellicano. Segundo ela, o Brasil está em segundo lugar entre os países turísticos mais hostis para mulheres viajantes e o objetivo da solução digital é permitir que elas se sintam mais tranquilas e seguras por estarem entre mulheres.