Sem medo do futuro: tecnologia deixa experts otimistas

Inteligência artificial está totalmente relacionada aos humanos, e uma coisa nunca será dissociada da outra. O diretor do Sabre Labs, núcleo de ideias e produtos da empresa de tecnologia, Philip Likens, subiu ao palco do 16º Fórum PANROTAS e de certa forma tranquilizou a audiência do medo que aterroriza muitos empresários da velha geração com tecnologia. Em suma, a inteligência artificial virá para ajudar os humanos, e não para superá-los.

"Acontece que inteligência artificial não é uma escolha. Ela está sendo aplicada em seus negócios, em suas viagens, vai impactar sua empresa queira você ou não. Não ignore inteligência artificial, abrace sua causa, é uma questão de sobrevivência", recomendou Likens. "Não precisam temer o 'cérebro dos robôs', pois as pessoas são a medida de sua inteligência. A inteligência artificial é feita para entender e ajudar os humanos: seus hábitos, seu humor, suas preferências", completou.

SEM PRESSA
No entanto, implementar a automatização não precisa ser um processo imediato, em todos os departamentos de uma empresa, ou em todas as fases de um organograma. "Pergunte-se sobre que processos diminuem o ritmo de seus funcionários ou colegas e como os robôs poderiam ajudar nisso. Questione-se qual é o primeiro passo para solucionar esse problema. Não estou dizendo que são todos os problemas de uma vez, pois a inteligência artificial nunca resolverá tudo, e nem deve", provocou Likens, que recomendou a busca dos melhores cases de quem já está aplicando inteligência artificial e como esses players estão sendo impactados."

DEBATE

Emerson Souza

Pouco antes do diretor de Philip Likens subir ao palco, o futurista e empreendedor Tiago Matos apontou a receita do insucesso para empresários nos dias atuais: o novo analfabeto é quem não sabe aprender e reaprender. A palestra abriu o caminho perfeito para Likens, que depois debateu com o próprio Matos, na companhia da mediadora Ligia Zodini, da Axxis e fundadora da Voicers, mostrar que não há motivo para desespero.

"Quando as máquinas atingirem o nível de conhecimento que as pessoas acreditam ser possível, elas vão conectar os humanos. Independentemente do formato que elas tenham, só servirão para nos ajudar. As pessoas querem autenticidade, querem compartilhar experiências, mostrar suas reações e sentimentos, e isso é intrínseco a nós", tranquilizou Likens.

"Não viveremos o Black Mirror", completou Ligia, traçando relação com um dos seriados mais assistidos nos últimos anos, sobre tecnologia e relações humanas. "Na ficção, pega-se o melhor da tecnologia com o pior do humano, e isso não é real. A tecnologia com a exponencialidade do humano trará abundância. Tudo o que a máquina faz melhor que o humano, deixa que faça, pois o que restará para nós, de fato, é sermos humanos."

PREVISÃO
Ligia perguntou ao especialista quando todas essas mudanças começarão a acontecer de fato, se um dia o Black Mirror virará realidade. "Há muitos estudiosos que dizem que não estamos indo no caminho certo. Que temos de repensar o caminho da fabricação da inteligência artificial, mas quando esse caminho for alcançado, o crescimento será exponencial. Portanto, eu poderia responder alguns anos ou até décadas. Essa linha do tempo é impossível de apontar", concluiu o diretor do Sabre Labs.

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