Beatriz Contelli   |   21/03/2022 10:21

O futuro da agenda ESG no segmento de A&B

Eduardo Prates aponta ações de ESG que contribuem para a conectividade e tecnologia do segmento

São mais de 80 milhões de toneladas de resíduos com uma porcentagem considerável que vai parar em depósitos irregulares e contribuem para o aumento do efeito estufa. Estima-se que até 2030, a Terra ganhará mais 1,3 bilhão de seres humanos. Quanto mais gente, maior a demanda por produtos, serviços e alimentos. Tendência entre o setor, o ESG pode ser a solução - ou ao menos contribuir com a diminuição - dos problemas que estão por vir. Mas como aplicar o conceito na prática? O fundador da empresa Eco Circuito, Eduardo Prates, falou um pouco sobre o assunto.

Divulgação
Eduardo Prates, fundador da empresa Eco Circuito
Eduardo Prates, fundador da empresa Eco Circuito
Confira o artigo na íntegra:

"ESG avança no segmento de A&B
Eduardo Prates*

É cada vez mais evidente a importância de uma gestão sustentável em todos os elos da cadeia produtiva do Turismo. Especialmente, quando ação implementada atende aos três pilares do desenvolvimento sustentável: ambientalmente responsável, socialmente justa e economicamente viável.

Resorts, hotéis e restaurantes, por exemplo, revelam priorizar o investimento em gestão sustentável de resíduos orgânicos. Motivo: minimizar o impacto nos aterros, que tem como consequência as intensas mudanças climáticas.

O uso do biodigestor, além de ter como objetivo o #aterrozero, é #carbononeutro. A automatização dos descartes traz ganhos na operação com a higienização e redução de pontos críticos no processo. A tecnologia reduz o consumo e reposição de lixeiras, sacos de lixo ou materiais de limpeza e libera a mão de obra para outras atividades. O impacto na operação é imediato, pois traz a conscientização e engajamento dos profissionais e usuários sobre como destinar seus resíduos de forma adequada.

Além dos ganhos ambientais, que agregam efetivo valor à imagem dos empreendimentos que prestam serviços de A&B, os softwares acoplados aos biodigestores são capazes de identificar a origem dos alimentos em descarte; o que facilita o entendimento do real motivo do alimento ir parar no lixo.

O Brasil gera, anualmente, mais de 80 milhões de toneladas de resíduos: quase 40% vai parar em lixões - depósitos irregulares e ilegais - e mais da metade é composta por resíduo orgânico - ou seja, restos de comida e outros materiais que aumentam o impacto no efeito estufa. Até 2030, a população mundial aumentará em 1,3 bilhão. Na medida em que aumenta, cresce a demanda por produtos e serviços, em especial de alimentos

Seguindo uma agenda ESG, e em linha com as tendências da cozinha 4.0, os empreendimentos com conectividade e tecnologia para otimizar fluxos internos, a exemplo do Resort La Torre, na Bahia, e do Hotel Renaissance, em São Paulo, cumprem as normas sanitárias e asseguram um ambiente limpo e saudável, além de promoverem a conscientização e o engajamento de equipes e lideranças na busca por um #mundomaisvivo.

O uso de aterros para descarte de orgânicos está com seus dias contados, inclusive algumas cidades no Brasil já proibiram essa prática, a exemplo de Goiânia e Florianópolis. A agenda ESG cresce de forma consistente e em ritmo acelerado na hotelaria, assim como em hospitais, centros comerciais, refeitórios industriais, entre outras cozinhas profissionais.


*Eduardo Prates é fundador da empresa Eco Circuito;
tem MBA em Gestão e Tecnologias Ambientais (Poli-USP); Administração e Marketing pela Northeastern, Boston"

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