Brasil possui 205 travel techs em atividade, revela estudo da Onfly
Estudo aponta que muitas atividades turísticas migraram para apps, motivando a inovação no setor
Um novo levantamento da Onfly, intitulado Mapa das Travel Techs Brasileiras, revelou que o Brasil possui 205 travel techs em atividade. Elas estão classificadas em um total de onze categorias, são elas (com suas respectivas porcentagens de atuação):
- Tecnologia para outros players (24,4%)
- Mobilidade (17,6%)
- Experiências (13,2%)
- Agenciamento e reservas online (12,2%)
- Eventos (8,8%)
- Gestão de Viagens Corporativas (6,8%)
- Despesas corporativas (5,4%)
- Serviços para viajantes (4,4%)
- Hospedagem (3,4%)
- Programa de fidelidade (2,4%)
- Benefício corporativo (1,5%)
Atividades como o check-in, a busca por roteiros em guias turísticos e até a visita à casa de câmbio acabaram migrando para aplicativos no smartphone, motivando a criação e o desenvolvimento de novas empresas que trazem inovação para o setor, diz o estudo.
Veja, no gráfico abaixo, as travel techs brasileiras distribuídas por suas respectivas categorias:
Maturidade das travel techs
No que diz respeito ao tamanho e grau de maturidade das travel techs, mais de 70% do setor é composto por empresas com até 50 funcionários – dessas, 36,1% têm até 10 funcionários, muitas delas com uma operação liderada pelos fundadores. Empresas com 100 ou mais colaboradores representam apenas 14,2% dos negócios hoje em operação.
Recorte regional
Ainda de acordo com o Mapa das Travel Techs Brasileiras, o Sudeste é a região que concentra mais startups do setor, 72,2%, com o estado de São Paulo reunindo mais da metade (109) delas. Em segundo lugar, aparece o estado de Minas Gerais, com 24 travel techs. A região Sul vem na sequência, concentrando 16,6% das startups de Turismo, com destaque para Santa Catarina (17), o terceiro estado com mais travel techs do país.
O que diz a Onfly
Também travel tech, a Onfly acredita que há um setor ativo, digitalizado e apto para escalar. "Entre as startups do País, as que oferecem soluções para o segmento de viagens ainda são poucas e, em sua maioria, jovens e tocadas por times mais enxutos. Dado o tamanho do mercado de Turismo brasileiro e seu potencial de expansão, não seria exagero dizer que estamos diante de uma grande oportunidade de mercado", destaca Marcelo Linhares, CEO e cofundador da Onfly.
Segundo o executivo, a inteligência artificial já está impactando todos os setores, mas especificamente em viagem e Turismo, existem algumas coisas "mais simples" para se resolver antes. “Por exemplo, o cancelamento e remarcação de voos precisa ser feito por APIs, em vez de trocas de e-mails ou conversas por telefone. A mesma coisa para check-outs em hoteis com filas intermináveis. Temos muita coisa para fazer, com tecnologia simples, que pode melhorar muito a vida do viajante”, ressalta Linhares.
Ainda assim, segundo o executivo, o Turismo corporativo é um mercado grande, mas que possui muitas ineficiências em função, principalmente, da ainda baixa adoção de tecnologia. "Muitas empresas ainda pedem cotação de passagem por e-mail e fazem reservas de hotel por telefone. Até por esse atraso, é um mercado que está sendo completamente disruptivo, com muitas oportunidades, e em 10 anos, provavelmente vai ser completamente diferente do que é hoje, algo muito parecido com o que aconteceu no mercado de mobilidade, com a chegada do Uber, 99, e de apps de deliverys, com o Ifood e Rappi; e, ainda, com o próprio mercado de viagens desde o surgimento de players como Booking e Airbnb”, finaliza o CEO da Onfly.
Acesse o estudo completo aqui.