América Latina terá o dobro de viajantes nas próximas décadas
Relatório Airbus Global Market Forecast mostra que tráfego crescerá 2,2% em 20 anos
Espera-se que o tráfego de passageiros na América Latina quase duplique nas próximas duas décadas – aumentando de 0,44 viagens anuais per capita em 2019 para 0,87 viagens anuais per capita em 2042. A projeção é do relatório Airbus Global Market Forecast (GMF), da fabricante Airbus, que informa ainda que as taxas de viagem per capita quase duplicarão no México, enquanto na Argentina, Brasil, Chile e Colômbia, as taxas mais do que dobrarão.
Os números gerais mostram que o tráfego crescerá 2,2% nos próximos 20 anos, o equivalente a 2.390 novas aeronaves de passageiros e de cargas nos próximos 20 anos. Desse total, 190 aviões serão widebodies e 2,2 mil serão de corredor único. Esse número representa 92% das novas entregas na América Latina, o que tornará o mercado da região predominantemente de aeronaves de corredor único.
O aumento da tendência para voar é impulsionado pelo crescimento projetado da classe média de 400 milhões para 490 milhões de pessoas até 2042, representando 67% da população da América Latina e do Caribe. Além disso, a alta entrada das companhias aéreas de baixo custo (LCCs) tornou as viagens aéreas mais acessíveis, representando 50% do total de assentos oferecidos em nível doméstico na América Latina. O Brasil e o México apresentam as maiores entradas do modelo de LCC na região.
O crescimento do e-comerce na América Latina levou ao aumento da demanda por serviços de carga aérea nas últimas duas décadas. Além disso, a previsão de tráfego de carga de origem e destino (O&D) de, para e dentro da América Latina quase dobrará até 2042.
O relatório também projeta um aumento do tráfego de passageiros O&D de 3,5% ao ano, dobrando assim nos próximos 20 anos. O tráfego doméstico crescerá a uma taxa maior, de 3,8% ao ano, enquanto o tráfego intra-América Latina e Caribe crescerá 3,2%.
A frota em serviço da América Latina quase dobrará das 1.440 aeronaves atualmente em serviço para 2.630 nas próximas duas décadas. Dessas, 240 aeronaves permanecerão, 1,2 mil apoiarão a substituição de aeronaves menos eficientes em termos de combustível e 1.190 aviões serão responsáveis pelo crescimento da demanda.