Turismo em São Paulo tem alta pelo sexto mês consecutivo
Veja mais dados do indicador da FecomercioSP em parceria com a SPTuris
O Índice Mensal de Atividade do Turismo na cidade de São Paulo (IMAT-SP) terminou outubro com alta de 10,1% na comparação com o mês anterior e 43,5% ante outubro de 2020. O indicador é da FecomercioSP em parceria com a SPTuris, que atribui o crescimento ao avanço da vacinação no Estado. Esta foi a sexta alta mensal consecutiva do índice. Desde abril, o crescimento acumulado do IMAT foi de 90% – e, até o mês de dezembro, deve passar dos 100% de aumento na comparação com o início do ano.
"Embora as passagens aéreas tenham subido cerca de 50% em um ano, com o avanço da vacinação, a volta da demanda, reprimida pela pandemia, levou a movimentação de passageiros nos aeroportos de São Paulo a superar em 69% o nível de outubro de 2020", aponta a FecomercioSP. O setor rodoviário também foi grande responsável pela alta. Os terminais da capital paulista registraram crescimento 30% maior na comparação com o mesmo período do ano passado.
"O salto somente é menor que o da aviação porque, no ano anterior, o transporte rodoviário foi a principal alternativa para os turistas, em razão da restrita oferta de voos. Já o estoque de empregados formais nos setores ligados ao Turismo registrou 28,3 mil postos de trabalho a mais do que há um ano", mostra o estudo.
HOTELARIA
Alta também na taxa de ocupação hoteleira de São Paulo em outubro. O índice ficou em 58,9%, ante os 50,4% em setembro.
FATURAMENTO DO TURISMO NA CAPITAL PAULISTA
Em outubro, o faturamento do Turismo na capital paulista cresceu 6%, chegando a quase R$ 490 milhões. Além de mais movimentação nos hotéis, o retorno dos eventos, corporativos e sociais, contribuiu para o aumento do faturamento. O emprego, por sua vez, cresceu 3,9%, superando o patamar de 400 mil vagas.
CENÁRIO AINDA REQUER ATENÇÃO
Para a FecomercioSP, embora seja um momento favorável para todo o setor, é importante que os empresários fiquem atentos, pois o cenário de 2022 deve ser diferente deste fim de ano. As variáveis econômicas estão pressionadas, a inflação continua elevada, o desemprego ainda atinge 13 milhões de pessoas e a taxa de juros crescente deve frear ainda mais a economia.
Desta forma, após o período de fim de ano, festas e carnaval, o País voltará aos seus desafios, com o consumidor endividado e priorizando os gastos básicos, o que não inclui o Turismo. Mesmo com o dólar mais elevado, que poderia estimular fortemente o Turismo doméstico, há o receio da população quanto ao processo inflacionário, que impacta os principais grupos de despesas, ou seja, alimentação, combustíveis e energia.