Juliana Monaco   |   10/12/2020 17:00
Atualizada em 10/12/2020 17:16

Phocuswright revela tendências para o Turismo no pós-pandemia

A Phocuswright promoveu um evento virtual para divulgar novo estudo sobre o setor em 2020 e no pós-crise


A pesquisa foi apresentada por Charuta Fadnis, da Phocuswright
A pesquisa foi apresentada por Charuta Fadnis, da Phocuswright
Nesta quinta-feira (10), a Phocuswright lançou pesquisa sobre as tendências de viagens na América Latina até 2024, durante o LatAm Talks, primeiro evento virtual da empresa para a região. O panorama global da pesquisa foi apresentado por Charuta Fadnis, vice-presidente sênior de Pesquisa e Estratégia de Produtos da Phocuswright, que também revelou as principais tendências para o mercado no pós-pandemia.

“Em 2019, a indústria de viagens registrou um grande crescimento, mas 2020 é um ano que todos queremos esquecer. No entanto, é nosso trabalho olhar para o que está acontecendo na indústria e é isso o que estamos fazendo, na tentativa de ajudar com a recuperação do setor de viagens. Estamos confiantes de que veremos uma recuperação, ainda que lenta, não só nos Estados Unidos, na Ásia e na Europa, mas em todo o mundo”, disse Charuta.


A China deverá fechar 2020 com menos de 50% das reservas totais e menos de 60% das reservas on-line. Isso porque o mercado chinês foi um dos primeiros a sofrer o impacto da covid-19. Por segmento, a aviação representa 43% das reservas on-line, a hotelaria 24% e o Turismo rodoviário 31%. Já o Japão deverá fechar 2020 com 43% das reservas pré-pandemia, representadas pela hotelaria (43%), aviação (29%) e Turismo rodoviário (26%).

No mercado norte-americano, as reservas devem ultrapassar 50% do volume pré-pandemia em 2022 e 70% apenas em 2024. Em relação a 2020, 54% das reservas são representadas pela hotelaria, 32% pela aviação e 8% pelo aluguel de carro. Já em 2024, a hotelaria representará 43% do total de reservas, a aviação 39% e o aluguel de carros 5%.

Assim como os Estados Unidos, a Europa deve alcançar metade dos níveis pré-pandemia em 2022. No que se refere a 2020, 39% das reservas são representadas pela hotelaria, 37% pela aviação, 16% pelo Turismo rodoviário e 7% pelo aluguel de carros. Em 2024, a hotelaria representará 41%, a aviação 39%, o Turismo rodoviário 14% e o aluguel de carros 6%.

TENDÊNCIAS PARA O TURISMO NO PÓS-PANDEMIA

A primeira tendência identificada pela pesquisa da Phocuswright é o uso de tecnologias sem contato, que contribuem para reduzir o contágio de covid-19. “As pessoas estão receosas de pegar o vírus quando viajam porque elas não conhecem os protocolos e não sabem como reagir em um outro destino. E é nesse momento que a tecnologia se destaca e se torna uma grande aliada, seja no check-in, em pagamentos virtuais ou em qualquer outra área”, revela Charuta.

Do mesmo modo, as reuniões e os eventos virtuais também devem permanecer no pós-pandemia, já que as companhias têm visto que essa é uma tendência positiva e que pode contribuir para reduzir os custos operacionais. Ainda no âmbito tecnológico, os tours e as atividades virtuais são outra tendência identificada pela pesquisa para os próximos anos, já que minimizam o risco de contágio de doenças.

Já a tendência para o segmento de lazer é apostar em viagens regionais e cumprir os protocolos de higiene e segurança. Para a vice-presidente de Pesquisa da Phocuswright, os viajantes ainda querem viajar, mas de modo diferente. Por isso, a indústria deve se preparar para o futuro pensando na experiência do viajante. “Temos que olhar para essas tendências para reconquistarmos a confiança dos viajantes”, finaliza.

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