Cai intenção de viajar ainda este ano na América Latina
O índice de consumidores dispostos a viajar ainda em 2020 caiu de 46% 23% entre junho e novembro
O número de turistas latino-americanos dispostos a viajar ainda este ano caiu nos últimos meses. De acordo com a segunda edição de uma pesquisa realizada pela agência Interamerican Network, em parceria com a FecomercioSP, o índice de consumidores dispostos a viajar ainda em 2020 caiu de 46% em junho para 23% entre 26 de outubro e 9 de novembro. A pesquisa diz ainda que para 26% dos entrevistados a atividade turística só voltará a ser uma realidade com o surgimento da vacina contra a covid-19.
Realizado em seis países ouvindo 833 pessoas, o estudo, contudo, revela diferença considerável, de comportamento e perspectivas, entre o Brasil e os demais mercados pesquisados (Argentina, Chile, Colômbia, Peru e México). Na análise individual, os brasileiros aparecem como o único país em que a maior parcela dos respondentes (34%) afirmou que sentiria segurança em viajar neste ano. Nos outros ambientes de pesquisa a maior parte dos respondentes disse que só se sentiria confortável para viajar novamente a partir do ano que vem.
Além da disponibilidade em viajar, o relatório pontuou ainda quais as maiores preocupações desses turistas com o momento. Nesse quesito, as questões relacionadas às políticas de segurança sanitária, saúde e higienização foram apontadas por 27% como o ponto mais preocupante. Outros 22% disseram que estar em lugares sem aglomeração é o ponto crucial para o momento e 20% alegaram ter maior preocupação com regras de compras mais flexíveis.
A atenção aos cuidados com saúde voltou quando a pesquisa perguntou quais os cuidados extras que os viajantes passarão a ter. Nesse assunto, 35% dos brasileiros disse que só ficarão em meios de hospedagem com protocolos efetivos de segurança e higiene. A mesma resposta foi dada por 33% dos mexicanos. Enquanto isso, 30% dos colombianos e peruanos afirmaram que o importante são protocolos efetivos no transporte. Já 30% dos chilenos e argentinos disseram que o seguro saúde é mais fundamental para o momento.
A atenção mais premente que brasileiros e mexicanos têm com os locais de hospedagem mostra ainda, segundo a CEO da Interamerican Network, Danielle Roman, crescimento na diversificação na escolha dos meios de hospedagem. “O aluguel de imóveis é uma tendência”, alerta.
De acordo com Danielle, na busca por mais segurança, alguns turistas podem abrir mão dos hotéis e eles mesmos construírem rotinas de biossegurança para sua viagem. “É engraçado como essas situações criam novos paradigmas”, observa a CEO.
ORGANIZAÇÃO DA VIAGEM
O que é considerado característica do turista brasileiro também é uma das mudanças apontadas pelo estudo. Segundo a pesquisa, 29% dos brasileiros disseram que pretendem adquirir o hábito de planejar suas viagens com seis meses ou mais de antecedência. A mesma opção foi assinalada por 28% dos mexicanos e 25% dos colombianos e peruanos.
Na pergunta sobre organização de viagens, uma outra tendência pode ser detectada: 71% dos brasileiros e 58% do total de respondentes disseram que farão o planejamento das suas viagens sozinhos, lidando diretamente com hotéis, companhias aéreas e demais fornecedores.
Ainda entre os brasileiros, 20% afirmaram que vão consultar agências de viagens e operadoras, 6% vão recorrer às OTAs e 3% aos consultores de viagens independentes.
A presidente do Conselho de Turismo da FecomercioSP, Mariana Aldrigui, interpreta essas respostas lembrando que o viajante nem sempre tem uma interlocução próxima com agentes e operadores. “Possivelmente, o viajante está acostumado a pedir ao agente quando tem alguma insegurança e nesse caso, com viagens baratas e curtas em evidência ele sente que não precisa desse acompanhamento”, pondera. “Cabe explicar então que o agente pode fazer uma sugestão mais adequada ao perfil do cliente, com produtos que não estão no radar desse viajante e com ideias que ele não está pensando. Esses ganchos precisam ser agarrados por agências e operadoras, deixando claro que a expertise está à disposição para fazer escolhas mais plenas e satisfatórias”, completa.
O QUE MAIS INSPIRA?
A fonte de inspiração para escolher um destino também revela a singularidade do viajante brasileiro. Para 27% dos consumidores nacionais, a internet é a maior influência na hora de decidir para onde será a viagem. Em todos os outros países pesquisados a recomendação de amigos é o mais importante.
As outras fontes de inspiração citadas foram: Instagram, dicas de influenciadores e blogueiros, dicas da imprensa e de jornais especializados, dicas de agentes de viagens, publicidade em geral, Youtube e Fabebook.
“E aí vale uma dica para as agências: serem mais inspiradoras nas dicas para conseguir conquistar o consumidor”, recomenda Danielle.
ONDE COMPRAR?
Os consumidores também foram perguntados sobre quando recorrer às agências e, em linhas gerais, a resposta foi para adquirir pacotes completos (com hotel, voo, atrações, passeios e mais). Apenas 2% dos entrevistados em todos os países rechaçaram a possibilidade de procurar agências.
A mesma pergunta feita em relação às OTAs teve respostas mais variadas. No Brasil, 44% dos pesquisados disse que procuram agências on-line apenas em busca de acomodação. No México é mais comum buscar os pacotes completos e nos demais países as compras virtuais buscam passagens aéreas.
ONDE QUEREM IR E COM QUEM?
No quesito destinos desejados a pesquisa confirma que este é o ano das viagens domésticas. Na maior parte dos países pesquisados essa foi a resposta seguida põe destinos europeus.
Na pergunta “Que tipo de viagem você gostaria de fazer?” os destinos de praia aparecem como preferência para 40% dos pesquisados no continente. Opções de Turismo cultural e ecoturismo aparecem logo a seguir.
Sobre a companhia favorita também houve unanimidade. A família aparece como escolha ideal para 43% dos pesquisados. Outros 20% citaram um par romântico.
O QUE MUDA?
Apenas os brasileiros acham que as mudanças em viagens serão poucas depois da retomada. Para 54% dos viajantes nacionais, as modificações nas rotinas de viagens não serão significativas. Enquanto isso, 53% doa respondentes dos outros países acreditam em revolução nas viagens.
Realizado em seis países ouvindo 833 pessoas, o estudo, contudo, revela diferença considerável, de comportamento e perspectivas, entre o Brasil e os demais mercados pesquisados (Argentina, Chile, Colômbia, Peru e México). Na análise individual, os brasileiros aparecem como o único país em que a maior parcela dos respondentes (34%) afirmou que sentiria segurança em viajar neste ano. Nos outros ambientes de pesquisa a maior parte dos respondentes disse que só se sentiria confortável para viajar novamente a partir do ano que vem.
Além da disponibilidade em viajar, o relatório pontuou ainda quais as maiores preocupações desses turistas com o momento. Nesse quesito, as questões relacionadas às políticas de segurança sanitária, saúde e higienização foram apontadas por 27% como o ponto mais preocupante. Outros 22% disseram que estar em lugares sem aglomeração é o ponto crucial para o momento e 20% alegaram ter maior preocupação com regras de compras mais flexíveis.
A atenção aos cuidados com saúde voltou quando a pesquisa perguntou quais os cuidados extras que os viajantes passarão a ter. Nesse assunto, 35% dos brasileiros disse que só ficarão em meios de hospedagem com protocolos efetivos de segurança e higiene. A mesma resposta foi dada por 33% dos mexicanos. Enquanto isso, 30% dos colombianos e peruanos afirmaram que o importante são protocolos efetivos no transporte. Já 30% dos chilenos e argentinos disseram que o seguro saúde é mais fundamental para o momento.
A atenção mais premente que brasileiros e mexicanos têm com os locais de hospedagem mostra ainda, segundo a CEO da Interamerican Network, Danielle Roman, crescimento na diversificação na escolha dos meios de hospedagem. “O aluguel de imóveis é uma tendência”, alerta.
De acordo com Danielle, na busca por mais segurança, alguns turistas podem abrir mão dos hotéis e eles mesmos construírem rotinas de biossegurança para sua viagem. “É engraçado como essas situações criam novos paradigmas”, observa a CEO.
ORGANIZAÇÃO DA VIAGEM
O que é considerado característica do turista brasileiro também é uma das mudanças apontadas pelo estudo. Segundo a pesquisa, 29% dos brasileiros disseram que pretendem adquirir o hábito de planejar suas viagens com seis meses ou mais de antecedência. A mesma opção foi assinalada por 28% dos mexicanos e 25% dos colombianos e peruanos.
Na pergunta sobre organização de viagens, uma outra tendência pode ser detectada: 71% dos brasileiros e 58% do total de respondentes disseram que farão o planejamento das suas viagens sozinhos, lidando diretamente com hotéis, companhias aéreas e demais fornecedores.
Ainda entre os brasileiros, 20% afirmaram que vão consultar agências de viagens e operadoras, 6% vão recorrer às OTAs e 3% aos consultores de viagens independentes.
A presidente do Conselho de Turismo da FecomercioSP, Mariana Aldrigui, interpreta essas respostas lembrando que o viajante nem sempre tem uma interlocução próxima com agentes e operadores. “Possivelmente, o viajante está acostumado a pedir ao agente quando tem alguma insegurança e nesse caso, com viagens baratas e curtas em evidência ele sente que não precisa desse acompanhamento”, pondera. “Cabe explicar então que o agente pode fazer uma sugestão mais adequada ao perfil do cliente, com produtos que não estão no radar desse viajante e com ideias que ele não está pensando. Esses ganchos precisam ser agarrados por agências e operadoras, deixando claro que a expertise está à disposição para fazer escolhas mais plenas e satisfatórias”, completa.
O QUE MAIS INSPIRA?
A fonte de inspiração para escolher um destino também revela a singularidade do viajante brasileiro. Para 27% dos consumidores nacionais, a internet é a maior influência na hora de decidir para onde será a viagem. Em todos os outros países pesquisados a recomendação de amigos é o mais importante.
As outras fontes de inspiração citadas foram: Instagram, dicas de influenciadores e blogueiros, dicas da imprensa e de jornais especializados, dicas de agentes de viagens, publicidade em geral, Youtube e Fabebook.
“E aí vale uma dica para as agências: serem mais inspiradoras nas dicas para conseguir conquistar o consumidor”, recomenda Danielle.
ONDE COMPRAR?
Os consumidores também foram perguntados sobre quando recorrer às agências e, em linhas gerais, a resposta foi para adquirir pacotes completos (com hotel, voo, atrações, passeios e mais). Apenas 2% dos entrevistados em todos os países rechaçaram a possibilidade de procurar agências.
A mesma pergunta feita em relação às OTAs teve respostas mais variadas. No Brasil, 44% dos pesquisados disse que procuram agências on-line apenas em busca de acomodação. No México é mais comum buscar os pacotes completos e nos demais países as compras virtuais buscam passagens aéreas.
ONDE QUEREM IR E COM QUEM?
No quesito destinos desejados a pesquisa confirma que este é o ano das viagens domésticas. Na maior parte dos países pesquisados essa foi a resposta seguida põe destinos europeus.
Na pergunta “Que tipo de viagem você gostaria de fazer?” os destinos de praia aparecem como preferência para 40% dos pesquisados no continente. Opções de Turismo cultural e ecoturismo aparecem logo a seguir.
Sobre a companhia favorita também houve unanimidade. A família aparece como escolha ideal para 43% dos pesquisados. Outros 20% citaram um par romântico.
O QUE MUDA?
Apenas os brasileiros acham que as mudanças em viagens serão poucas depois da retomada. Para 54% dos viajantes nacionais, as modificações nas rotinas de viagens não serão significativas. Enquanto isso, 53% doa respondentes dos outros países acreditam em revolução nas viagens.