Faturamento do Turismo brasileiro deve encolher 37,2% em 2020
O relatório da CNC também revisou para 5,6% a previsão de retração dos serviços em 2020 após avanço tímido
A Confederação Nacional do Comércio de Bens Serviços e Turismo (CNC) revisou de 5,7% para 5,6% a previsão de retração no volume de receitas do setor de serviços em 2020. A estimativa tem como base os dados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) de julho, divulgada nesta sexta-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A projeção da CNC levou em consideração a lenta reação do nível de atividade do setor e as expectativas quanto ao desempenho da economia para os próximos trimestres. Para o presidente da CNC, José Roberto Tadros, os serviços não deverão escapar de uma queda histórica em 2020. “Desde o início da recuperação dos setores econômicos do País, a partir de maio, os serviços têm apresentando um ritmo de reação mais demorado que o comércio e a indústria”, afirma Tadros.
De acordo com a PMS, o volume de receitas dos serviços cresceu em julho (+2,6%) em relação a junho, já descontados os efeitos sazonais. Foi o segundo avanço consecutivo do setor, que chegou a acumular retração de quase 20% entre fevereiro e maio deste ano. Na comparação com julho de 2019, contudo, houve variação negativa (-11,9%) pelo quinto mês consecutivo. O destaque ficou por conta da categoria “outros serviços” (+3%), que engloba atividades imobiliárias, serviços de reparação de equipamentos e objetos de uso pessoal e doméstico, serviços de utilidade pública, entre outros. Os transportes (+2,3%) e os serviços de informação (+2,2%) também cresceram, contrastando com o desempenho dos serviços prestados às famílias, que, após dois meses de alta, voltaram a registrar perdas (-3,9%) – especialmente em atividades típicas do turismo, como hospedagem e alimentação fora do domicílio (-5%).
A CNC calcula que, em seis meses (de março a agosto), o Turismo no Brasil perdeu R$ 182,86 bilhões. A tendência é que o faturamento real do setor encolha 37,2% neste ano, com perspectiva de volta ao nível pré-pandemia somente no terceiro trimestre de 2023. Os Estados de São Paulo (R$ 65,84 bilhões) e Rio de Janeiro (R$ 26,54 bilhões), principais focos da covid-19 no País, concentram mais da metade (50,5%) do prejuízo nacional. Segundo Fabio Bentes, economista da CNC responsável pelo estudo, estas perdas se refletem nas quedas de fluxo de passageiros nos principais aeroportos das duas unidades da Federação. “Ao fim de agosto, os aeroportos de Congonhas e Galeão registravam quedas de 92% e 75%, respectivamente, no fluxo de aeronaves, em comparação com o tráfego antes da pandemia”, ressalta Bentes.
Em relação ao emprego, dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) mostram que, entre março e julho de 2020, a força de trabalho formal do Turismo encolheu 12,8% – a maior queda quando comparada aos demais setores da economia. “Em termos absolutos, o setor eliminou 446,3 mil postos formais no período”, indica o economista da Confederação. Bares e restaurantes (-270,6 mil), hotéis e similares (-77,7 mil) e transporte rodoviário (-58,9 mil) foram os segmentos que registraram os maiores saldos negativos.
Confira o relatório completo.
A projeção da CNC levou em consideração a lenta reação do nível de atividade do setor e as expectativas quanto ao desempenho da economia para os próximos trimestres. Para o presidente da CNC, José Roberto Tadros, os serviços não deverão escapar de uma queda histórica em 2020. “Desde o início da recuperação dos setores econômicos do País, a partir de maio, os serviços têm apresentando um ritmo de reação mais demorado que o comércio e a indústria”, afirma Tadros.
De acordo com a PMS, o volume de receitas dos serviços cresceu em julho (+2,6%) em relação a junho, já descontados os efeitos sazonais. Foi o segundo avanço consecutivo do setor, que chegou a acumular retração de quase 20% entre fevereiro e maio deste ano. Na comparação com julho de 2019, contudo, houve variação negativa (-11,9%) pelo quinto mês consecutivo. O destaque ficou por conta da categoria “outros serviços” (+3%), que engloba atividades imobiliárias, serviços de reparação de equipamentos e objetos de uso pessoal e doméstico, serviços de utilidade pública, entre outros. Os transportes (+2,3%) e os serviços de informação (+2,2%) também cresceram, contrastando com o desempenho dos serviços prestados às famílias, que, após dois meses de alta, voltaram a registrar perdas (-3,9%) – especialmente em atividades típicas do turismo, como hospedagem e alimentação fora do domicílio (-5%).
TURISMO
Um dos segmentos mais afetados pela crise provocada pelo novo coronavírus, o Turismo registrou em julho a terceira alta mensal seguida (+4,8%), segundo a PMS. Contudo, o nível de atividade do setor ainda se encontra 56,7% abaixo do verificado no primeiro bimestre de 2020, antes da pandemia.A CNC calcula que, em seis meses (de março a agosto), o Turismo no Brasil perdeu R$ 182,86 bilhões. A tendência é que o faturamento real do setor encolha 37,2% neste ano, com perspectiva de volta ao nível pré-pandemia somente no terceiro trimestre de 2023. Os Estados de São Paulo (R$ 65,84 bilhões) e Rio de Janeiro (R$ 26,54 bilhões), principais focos da covid-19 no País, concentram mais da metade (50,5%) do prejuízo nacional. Segundo Fabio Bentes, economista da CNC responsável pelo estudo, estas perdas se refletem nas quedas de fluxo de passageiros nos principais aeroportos das duas unidades da Federação. “Ao fim de agosto, os aeroportos de Congonhas e Galeão registravam quedas de 92% e 75%, respectivamente, no fluxo de aeronaves, em comparação com o tráfego antes da pandemia”, ressalta Bentes.
Em relação ao emprego, dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) mostram que, entre março e julho de 2020, a força de trabalho formal do Turismo encolheu 12,8% – a maior queda quando comparada aos demais setores da economia. “Em termos absolutos, o setor eliminou 446,3 mil postos formais no período”, indica o economista da Confederação. Bares e restaurantes (-270,6 mil), hotéis e similares (-77,7 mil) e transporte rodoviário (-58,9 mil) foram os segmentos que registraram os maiores saldos negativos.
Confira o relatório completo.