Número de brasileiros endividados chega a maior nível desde 2010
O percentual de famílias com dívidas aumentou em dezembro de 2019, alcançando 65,6%. Esse é o maior patamar da série histórica da Peic, realizada pela CNC
O percentual de famílias com dívidas aumentou em dezembro de 2019, alcançando 65,6%. Esse é o maior patamar da série histórica da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor, realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) desde janeiro de 2010. O resultado é maior do que os 65,1% observados em novembro e superior aos 59,8% aferidos em dezembro de 2018.
Houve recuo, entretanto, nos comparativos mensais, tanto no percentual de famílias com contas ou dívidas em atraso (de 24,7% para 24,5%) quanto no percentual de famílias que declararam não ter condições de pagar suas contas ou dívidas em atraso e que, portanto, permaneceriam inadimplentes (de 10,2% para 10%). Ambos os indicadores apresentaram alta em relação a dezembro de 2018.
O presidente da CNC avalia que o resultado, apesar de ligar o sinal de alerta, não pode ser considerado negativo. Segundo José Roberto Tadros, como o endividamento não foi acompanhado de um aumento expressivo da inadimplência, os dados indicam uma dívida com responsabilidade e compatível com a renda das famílias.
“A tendência de alta do endividamento está associada à ampliação do mercado de crédito ao consumidor, impulsionada por fatores como a melhora recente no mercado de trabalho, sobretudo no emprego formal, e a redução das taxas de juros para patamares mínimos históricos, o que permitiu a redução do custo do crédito”, afirma Tadros.
CARTÃO DE CRÉDITO
Apontado como o principal tipo de dívida pelas famílias desde a primeira Peic, o cartão de crédito atingiu, no mês passado, seu maior patamar na série histórica: 79,8%. Em segundo lugar, aparecem os carnês (15,6%) e, em terceiro, o financiamento de carro (9,9%).
Houve recuo, entretanto, nos comparativos mensais, tanto no percentual de famílias com contas ou dívidas em atraso (de 24,7% para 24,5%) quanto no percentual de famílias que declararam não ter condições de pagar suas contas ou dívidas em atraso e que, portanto, permaneceriam inadimplentes (de 10,2% para 10%). Ambos os indicadores apresentaram alta em relação a dezembro de 2018.
O presidente da CNC avalia que o resultado, apesar de ligar o sinal de alerta, não pode ser considerado negativo. Segundo José Roberto Tadros, como o endividamento não foi acompanhado de um aumento expressivo da inadimplência, os dados indicam uma dívida com responsabilidade e compatível com a renda das famílias.
“A tendência de alta do endividamento está associada à ampliação do mercado de crédito ao consumidor, impulsionada por fatores como a melhora recente no mercado de trabalho, sobretudo no emprego formal, e a redução das taxas de juros para patamares mínimos históricos, o que permitiu a redução do custo do crédito”, afirma Tadros.
CARTÃO DE CRÉDITO
Apontado como o principal tipo de dívida pelas famílias desde a primeira Peic, o cartão de crédito atingiu, no mês passado, seu maior patamar na série histórica: 79,8%. Em segundo lugar, aparecem os carnês (15,6%) e, em terceiro, o financiamento de carro (9,9%).