Marcos Martins   |   27/10/2018 08:28

Como o futurismo pode ajudar a indústria de viagens

Peter Kronstrom, do Copenhagen Institute for Future Studies, reúne dicas valiosas para as empresas do Turismo


Emerson Souza
Peter Kronstrom, do CIFS, durante a Convenção Braztoa
Peter Kronstrom, do CIFS, durante a Convenção Braztoa
ILHABELA (SP) – O tema inovação é uma constante na indústria de viagens e as empresas têm buscado diferenciais para aumentar suas receitas e oferecer novos produtos. O diretor para América Latina do Copenhagen Institute for Futures Studies (CIFS) e fundador do Future Lounge, Peter Kronstrom, é especialista em futurismo e explica como o setor pode se beneficiar ao ter conscientização sobre o futuro e evidenciar a importância dessas visões para o presente.

“Entender o futurismo ajuda no direcionamento de negócio e também a entregar melhores experiências, entender o que os consumidores desejam e atualizar-se junto com o mercado, algo que é cada vez mais importante”, explica Kronstrom ao Portal PANROTAS. O instituto de estudos futuros utiliza o conceito de Megatrends, que tratam de conjuntos de grandes tendências globais que sempre se renovam no período de 15 a 30 anos.

Atualmente são 14 megatendências: sociedade da rede, sustentabilidade, sociedade do conhecimento, imaterialização (que envolve conteúdo de streaming), democratização, aceleração da complexidade, desenvolvimento tecnológico, crescimento econômico, individualização, comercialização, globalização, polarização, foco em saúde e desenvolvimento demográfico.

Neste cenário, é importante destacar que a idade média da população crescerá por fatores como avanços da medicina e busca por um estilo de vida mais saudável. “No futuro próximo haverá mais procura por manter um patamar de vida. Por exemplo, quem faz aulas semanais de ioga deve procurar atividades desse tipo durante as suas viagens ou seguir o seu padrão de alimentação.”

CENÁRIO BRASILEIRO

Um dos segmentos que mais cresce no Brasil é o outdoor, que inclui atividades de ecoturismo e aventura. Por ano, registra-se uma alta de 25%, movimentando mais de 300 milhões de dólares, de acordo com o especialista.

“Esse crescimento mostra que ainda há muitos consumidores que valorizam a natureza. No entanto, a categoria precisa crescer e inovar muito nas atividades, pois hoje no Brasil o segmento baseia-se praticamente apenas em trilhas, arborismo e tirolesa. Dá para fugir do óbvio com experiências gourmet e alimentos fora do óbvio retirados da natureza durante o passeio. Para se ter ideia, há mais de 40 mil fontes de alimentação natural ainda inexploradas na Mata Atlântica e Amazônia”, sugere Kronstrom.

O Portal PANROTAS viaja a convite da Braztoa

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