Sindepat destaca setor de parques como catalisador do Turismo brasileiro; leia o artigo
Segmento movimentou mais de 128 milhões de visitantes anuais e faturou R$ 8,2 bilhões em 2023
Carolina Negri, presidente executiva do Sindepat (Sistema Integrado de Parques e Atrações Turísticas), e Leonardo Volpatti, sócio da Lima & Volpatti e relações governamentais do Sindepat, participaram do IAAPA Expo, considerado o principal evento internacional do setor de parques temáticos, realizado em Orlando.
Em artigo enviado ao Portal PANROTAS, os executivos abordaram a pujança dos parques temáticos no Brasil. Eles lembram que o segmento está em um momento único de crescimento e transformação, com mais de 128 milhões de visitantes anuais e um faturamento de R$ 8,2 bilhões em 2023. Veja o artigo abaixo na íntegra.
O Setor de Parques no Brasil: catalisador do Turismo Nacional e impulsionador econômico
Semana passada aconteceu a IAAPA Expo, o maior e principal evento internacional do setor de parques temáticos e de diversões, em Orlando, na Flórida. O evento reuniu mais de 40 mil pessoas, entre empresas fornecedoras, empreendedores e investidores do mundo inteiro, incluindo centenas de brasileiros, evidenciando a força do país como um dos grandes destinos de expansão destes produtos turísticos em nível mundial.
O tradicional vídeo de abertura do evento, What’s New, mostra inúmeros projetos novos de parques e atrações do nosso país. Um grande orgulho ver essa presença cada vez mais forte.
O Brasil foi destaque ainda em duas homenagens a brasileiros que plantaram suas sementes para o desenvolvimento do setor em nosso país, em sessão de Lunch & Learn voltada para a América Latina. O cartunista e criador da Turma da Mônica, Mauricio de Sousa, da Mauricio de Sousa Produções, e o idealizador do Beto Carrero World, João Batista Sérgio Murad, em homenagem póstuma. Outro destaque do almoço foi a apresentação do CEO do Grupo Cataratas e presidente do Conselho do SINDEPAT, Pablo Mórbis, levando o case do grupo no aspecto Diversidade, Equidade e Inclusão para o mundo.
O setor de parques e atrações turísticas no Brasil está em um momento único de crescimento e transformação. Com mais de 128 milhões de visitantes anuais e um faturamento de R$ 8,2 bilhões em 2023, a indústria se consolidou como um dos pilares do turismo nacional. Além disso, novos investimentos no setor somam impressionantes R$ 15,5 bilhões para os próximos anos, somados aí os investimentos em novos parques e os reinvestimentos naqueles já instalados, demonstrando a pujança e o dinamismo do mercado brasileiro, conforme estudo da Noctua Consultoria que fez uma análise econômica do setor.
Os parques têm um impacto significativo na consolidação dos destinos turísticos. Eles não apenas atraem visitantes, mas também criam um efeito multiplicador, fomentando o desenvolvimento de hotéis, restaurantes e outros serviços essenciais no seu entorno, promovendo o desenvolvimento econômico e social da região onde se instalam.
O setor é porta de entrada para inúmeros jovens em busca do primeiro emprego, acolhendo e capacitando mão de obra dada sua especificidade de funções. Entre postos diretos e indiretos, empregam-se mais de 180 mil pessoas.
Os ambientes macroeconômico e político são determinantes no sucesso da nossa indústria. Como exemplo, a política de recuperação fiscal, PERSE, desempenhou um papel fundamental nesse cenário, permitindo que muitos empreendimentos recuperassem sua capacidade de reinvestir em novas atrações e realizar melhorias estruturais. Dos R$ 5,9 bilhões em reinvestimentos mapeados advindos da oferta atual, somente 17% manteria a mesma condição no caso da descontinuidade do programa. Esses reinvestimentos não apenas aumentam a atratividade dos parques, mas também garantem a sustentabilidade econômica do setor.
O PERSE não apenas viabilizou novos investimentos, mas também contribuiu diretamente para a recuperação do setor pós-pandemia, consolidando os parques como alicerces do turismo nacional. Temos agora o desafio de lutar pela segurança jurídica na Reforma Tributária, que é essencial para nosso desenvolvimento como país, além de conseguirmos nos manter em níveis igualitários de competitividade internacional diante de nossos concorrentes.
Se o turismo nacional continuar tendo iniciativas que garantam a continuidade de ações governamentais, de forma a manter a segurança jurídica e incentivos econômicos, o setor de parques no Brasil poderá se tornar um case global de sucesso, atraindo turistas e impulsionando a economia nacional, contribuindo com a meta do governo de atrair 7 milhões de turistas internacionais e atrair a retenção de 150 milhões de turistas nacionais, conforme o Plano Nacional do Turismo.
A feira trouxe o que de mais moderno temos como opção para manter a atratividade dos nossos parques, seja em atrações, como AI, VR e equipamentos dos mais variados perfis, seja em boas práticas de governança corporativa, com práticas de ESG e DEI (diversidade, equidade e inclusão). Foram inúmeras inspirações para os participantes.
A frase dita pelo novo chairman da IAAPA, Massimiliano Freddi, nos fazer seguir confiantes que estamos somente no começo de um próspero caminho da indústria aqui no Brasil: “somos fazedores de mágica, precisamos e devemos impactar o mundo de modo positivo.