Artur Luiz Andrade   |   17/01/2022 08:28

Ilya Hirsch defende cruzeiros como "ambientes mais seguros para viajar"

Segundo ele, navios de cruzeiros são os ambientes mais seguros para viajar

PANROTAS / Emerson Souza
Ilya Hirsch, diretor da Qualitours
Ilya Hirsch, diretor da Qualitours
Diretor geral da Qualitours e referência em cruzeiros na indústria de Viagens e Turismo, Ilya Michael Hirsch, também ex-presidente da Braztoa e do Sindetur-SP, escreveu artigo defendendo os protocolos e a segurança dentro dos navios durante a pandemia. Ele cita os exemplos dos Estados Unidos, Europa e Ásia, onde as agências reguladoras, em parceria com as companhias marítimas, mantêm rigor nos protocolos e controle a bordo. No Brasil, destaca ele, "a indústria de cruzeiros é a única a fornecer dados para as autoridades e a imprensa, daí o foco no segmento".

Confira abaixo:

“O segmento de cruzeiros marítimos é o único no foco da mídia. Porque são as companhias marítimas que comunicam efetivamente todos os casos de testagem positiva às agencias sanitárias dos países por onde navegam. Nenhum outro segmento expõe desta forma à mídia os casos manifestos de covid entre seus hóspedes ou usuários. E falo de hotéis, resorts, transportadoras terrestres, companhias aéreas e aeroportos. Será que estes segmentos estão mais protegidos contra contágio de Sars, síndrome respiratória e/ou covid?

Os dois grandes grupos de companhias marítimas se uniram no início da pandemia para estudar e avaliar com especialistas de diversos setores da indústria para determinar de comum acordo com o CDC (o equivalente à Anvisa nos Estados Unidos) as medidas que deveriam tomar para proporcionar aos seus hóspedes o máximo de segurança sanitária a bordo dos navios e também quanto à operação de passeios em terra nos portos de escala.

Ato contínuo, todas as empresas se adequaram aos protocolos exigidos modificando seus sistemas de ar condicionado, implementando boas práticas no atendimento dos hóspedes pela tripulação, mantendo distanciamento social, limpeza de cabines e suítes além de áreas comuns com produtos hospitalares e outras medidas; adequaram e treinaram suas tripulações; adequaram as instalações médicas a bordo e reservaram algumas cabines preparadas especialmente para eventuais casos de necessária quarentena.

Posso afirmar que embarcaria em qualquer navio no mundo de forma tranquila, ciente que estou destas medidas extremas que talvez nenhum outro operador ou hospedagem de Turismo tenha providenciado.

Temos que olhar o quadro geral do segmento de cruzeiros no mundo: neste mês temos 242 navios operando em diversas áreas navegáveis de 68 diferentes companhias de cruzeiro!

E o segmento de navios de cruzeiro está sempre em expansão: em 2022, 32 navios novos serão lançados, total de 68.025 camas, um investimento global de US$ 17,8 bilhões. Fora os navios encomendados a estaleiros.

O CDC, que até dia 15 de janeiro havia emitido uma nota recomendando não fazer um cruzeiro, já não renova esta instrução, liberando os navios que operam em portos norte-americanos para sua capacidade máxima e pedindo que as companhias voluntariamente atuem atendendo às recomendações desta agência e comuniquem anormalidades para avaliação de medidas adicionais.

As demais agências sanitárias da Europa e Ásia estão perfeitamente alinhadas e cientes das medidas implementadas pelas companhias marítimas, permitindo a atracação de navios com raras exceções em função da situação local e recente de contágio da população.

Os protocolos adotados e que continuam em operação são: testagem contínua da tripulação e hóspedes, totens de álcool gel em todas as áreas públicas, restrição para serviço de bufês com autosserviço, distanciamento entre hóspedes recomendado em teatros e outros ambientes de entretenimento a bordo e uso de máscaras por tripulação e hóspedes.

Os navios são os ambientes mais seguros para se viajar!

No Brasil, a temporada de cruzeiros está suspensa, voluntariamente, até 4 de fevereiro e a Clia Brasil mantém negociações com o governo para um retorno com novos protocolos.

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