Filip Calixto   |   08/08/2024 14:09
Atualizada em 08/08/2024 14:10

Forte aproximação com aéreas fez CVC Corp ganhar share de mercado, diz CEO

Comentando os número financeiros, Godinho explica o momento da companhia


PANROTAS / Emerson Souza
Fábio Godinho, CEO da CVC Corp
Fábio Godinho, CEO da CVC Corp

Com uma nova gestão há pouco mais de um ano, desde que Fábio Godinho assumiu como CEO, a CVC Corp celebra mudanças internas que começam a mostrar resultados. Comentando o balanço divulgado ontem (7), que revela um faturamento de R$ 3,54 bilhões entre abril e junho de 2024, o principal executivo da empresa destaca que os números atuais são fruto de uma mudança de postura, principalmente na relação com o setor de Turismo.

"Com um ano de nova gestão, começamos a amadurecer algumas ideias e ver nos números os reflexos das estratégias que colocamos em prática. Essas mudanças passam pela parte organizacional interna e chegam ao mercado de maneira geral, na forma como nos relacionamos com fornecedores, franqueados e investidores",

Fabio Godinho, CEO da CVC Corp

O executivo descreve a operadora como uma companhia com uma cultura agressiva em vendas, foco em execução e proximidade com fornecedores e franqueados. Essa definição de valores é o que sustenta a postura da empresa no atual momento. "É uma empresa que se destaca pelo orgulho de pertencimento. Orgulho de vestir a camisa", afirma.

O exemplo dado pelo CEO ao comentar os números do balanço foi o das companhias aéreas. "Desde o início dessa nova gestão, trabalhamos fortemente na aproximação com as companhias aéreas. Essa postura já gerou condições completamente diferentes das que existiam há um ano", disse ele.

"Hoje, a condição que a CVC tem para montar seus produtos é completamente diferente do ano passado. Isso fez com que crescêssemos em bookings no primeiro semestre, ganhando share com aumento de margem. Acreditamos, inclusive, que essa dinâmica deve se repetir no segundo semestre"

Fabio Godinho, CEO da CVC Corp

Caminho do crescimento

O resgate da cultura, como chama o CEO, resultou também em números recordes no que diz respeito às aberturas de lojas este ano. Foram 54 aberturas no segundo trimestre e 90 no semestre, um recorde histórico para a companhia. Em sentido oposto, as lojas fechadas nesse período foram 12, seis em cada trimestre.

Exatamente 38 dessas aberturas ocorreram fora das capitais, cobrindo diversas regiões, dentro da estratégia da CVC Corp de levar sua marca para o interior do País. Uma boa parte das aberturas no interior, de acordo com a empresa, se deu nos formatos de Quiosque e Modular, que “são mais baratos, rápidos de abrir e com payback reduzido”. Esses modelos foram lançados em fevereiro, na convenção de vendas da CVC.

Segundo o executivo, cidades com cerca de 15 mil habitantes, que antes não estavam nos planos da empresa, passaram a ser foco, o que abriu um novo horizonte para a população local e para o faturamento e expansão da companhia.

Endividamento

As finanças da CVC também foram abordadas nas declarações do CEO. Segundo ele, as dívidas que a companhia tem são uma preocupação diária, mas que aos poucos estão sendo equacionadas.

O plano da CVC agora é aumentar a geração de caixa para desalavancar a companhia. A ideia é reduzir a dívida e mudar o perfil das negociações de endividamento, migrando do atual debênture (título de dívida que gera um direito de crédito ao investidor) para a antecipação de recebíveis (permitindo receber valores antes do prazo previsto).

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