Rodrigo Vieira   |   18/11/2021 18:14
Atualizada em 18/11/2021 18:16

Em outubro, operadoras dão motivos para acreditar em retomada sólida

Novas vendas, tíquete médio alto, faturamento superando pré-pandemia são alguns dos índices das operadoras



Um quinto (21%) das operadoras associadas à Braztoa superou, em outubro de 2021, o faturamento de outubro de 2019, pré-pandemia. Outra parte considerável (31%) já ultrapassou a metade do volume no mesmo período comparativo, enquanto 48% ainda não alcançaram os 50% do faturamento pré-pandemia.

No entanto, a comparação de outubro de 2021 com o mês anterior mostra evolução considerável nas vendas. Isso porque 93% das operadoras apontaram crescimento gradativo, mês a mês. "Isso mostra que o caminho de recuperação segue passos cautelosos, sustentáveis e firmes quando o assunto é manter uma curva ascendente", avalia o presidente da Braztoa, Roberto Nedelciu.

"Considero com otimismo esses dados. Já temos três meses consecutivos de aumento mês a mês nas vendas. Estamos nos reinventando e sendo resilientes", completa.

VP na Braztoa, Marina Figueiredo acrescenta que outro sinal da realidade da retomada é o volume de recontratações das operadoras para dar conta de novos embarques.

Divulgação
Roberto Nedelciu, da Braztoa
Roberto Nedelciu, da Braztoa

Outros indicativos reforçam a linha evolutiva do setor: pela primeira vez em seis meses, desde o início do Boletim Mensal Braztoa, 100% das operadoras realizaram vendas para destinos internacionais.

Além disso, em outubro, 73% dos embarques nacionais foram de novas vendas (em setembro esse índice ficou em 61,4%) e, no internacional, 72% dos embarques vieram de vendas novas (no mês anterior, esse indicador esteve em 62%).

"Esse volume de novas vendas vem crescendo e mês a mês vai se estabilizando o volume de embarques oriundos de remarcações", analisa Rayane Ruas, da empresa de análise de dados UP Soluções, parceira da Braztoa no Boletim.

"Novas vendas agilizam fluxo de caixa, o que é de vital importância para as operadoras. Todos os embarques que vêm de remarcações requerem um investimento das operadoras sem a entrada de novos recursos, portanto essas novas vendas são mais do que bem-vindas", pondera Nedelciu. "Todos esses dados evidenciam a resiliência e credibilidade das operadoras, entregando o contratado e com residual de remarcações de forma fluida."

OPERADORAS FORTALECIDAS
Para o presidente da Braztoa, as operadoras sairão fortalecidas no pós-pandemia. "Nós negociamos e temos volume. É diferente de alguém que vai tratar de reembolso diretamente com o hotel. O modelo de contrato com os fornecedores, tem vantagens que quem compra direto muitas vezes não tem e acaba tendo uma má experiência no ato da viagem para tentar resolver procedimentos simples. Nós operadores somos totalmente especializados nisso e por isso estão crescendo as vendas indiretas."

TÍQUETE MÉDIO AUMENTA
Para 89% dos operadores, o tíquete médio das viagens nacionais se manteve ou aumentou, enquanto no internacional, esse índice se manteve para 27% das operadoras, e aumentou em até 50% para 54% das empresas.

“Os valores são frutos da flutuação da oferta e demanda, de forma geral, mas há outros fatores como inflação e câmbio, por exemplo, que afetam diretamente os preços. No nacional, o peso do aéreo na composição da viagem é maior e puxa esse ticket para cima, já no internacional, o câmbio e as vendas para grupos acima de dez passageiros, representando 25% das comercializações formam fatores determinantes nesse resultado”, conclui Nedelciu.

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