Henrique Santiago   |   10/09/2018 14:45

Evolução e crescimento: as apostas das empresas argentinas da CVC

Hoje, a Argentina caiu uma posição na preferência do consumidor brasileiro, figurando atrás de Orlando, nos Estados Unidos, e lutando contra Chile para manter o posto.

Emerson Souza
A sede da CVC Corp, em Santo André (SP)
A sede da CVC Corp, em Santo André (SP)

A negociação de R$ 80 milhões envolvendo a chegada de Biblos e Avantrip, do Grupo Bibam, e Ola Turismo, ambas da Argentina, marca o início da expansão internacional da CVC Corp.

O presidente do grupo, Luiz Eduardo Falco, já deixou claro que sua empresa estará presente onde estiver mercado, seja dentro da América Latina ou fora dela. Hoje, a Argentina caiu uma posição na preferência do consumidor brasileiro, figurando atrás de Orlando, nos Estados Unidos, e lutando contra Chile para manter o posto.

Para Falco, essas aquisições fortalecerão a vinda de argentinos para o Brasil e vice-versa. Mas o que pensam os executivos argentinos dessa transação milionária?

Em entrevista ao Ladevi, parceiro da PANROTAS, um dos sócios-fundadores do Bibam Group, Cristian Adamo, declara que essa negociação será responsável por uma evolução em nível de produtos e atendimentos.

“Os acionistas do grupo reconheciam que, para ganhar escala e passar à outra etapa, era necessário um sócio. Mas não queríamos um fundo de investimento. Não é apenas uma questão de recursos. Buscamos uma aliança com uma empresa líder da indústria com produtos, contatos e experiência para poder levar a Bibam a outro nível”, destacou Adamo.

“Com a CVC podemos ter acesso a recursos, provedores e produtos em melhores condições não só no Brasil, como também nos Estados Unidos”, complementou o profissional.

No comando da Ola Turismo, Guillermo Monti sente que o momento da indústria de viagens no país não é dos melhores, pois a crise nacional tem impacto o comportamento dos consumidores.

“Se esperava que o mercado cresceria 15% e está abaixo de 4%. Nem tanto em volume, pelo faturamento. O tíquete médio caiu: as viagens são feitas, mas se gasta menos. É um desafio para as agências”, declarou ele.

“Com cinco meses favoráveis, a volatilidade do dólar afetou as vendas e a queda no último trimestre foi relevante. A temporada de verão será um desafio. As tarifas foram congeladas para sustentar as vendas. Tem de surfar na conjuntura”, finalizou o profissional.

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