Rodrigo Vieira   |   21/05/2020 14:13
Atualizada em 21/05/2020 15:58

Todos os elos do Turismo são um só na retomada, indica Kedor

Essa é uma das orientações que a Mobility, do CEO Oskar Kedor, vem passando a seus parceiros


Filip Calixto
Oskar Kedor, CEO da Mobility
Oskar Kedor, CEO da Mobility

"Confiança" é a palavra que tem de guiar o profissional de Viagens e Turismo para que a retomada aconteça da melhor maneira possível em meio a essa crise provocada pela pandemia de covid-19. Essa é uma das orientações que a Mobility, do CEO Oskar Kedor, vem passando a seus parceiros.

No Check Point, live da PANROTAS em parceria com R1 e Imaginadora, Kedor afirmou que "não adianta o hotel ter selo e garantir a segurança dos hóspedes se no caminho até ele há etapas inseguras. Precisamos confiar em todos os processos e o Turismo tem de estar junto nessa". É a credibilidade de que o viajante necessita de todos os elos da cadeia produtiva, algo similar ao que disse o presidente da Accor na América do Sul, Patrick Mendes, em relação a seus concorrentes. Isto é, neste momento, é a hotelaria que está em jogo, e não apenas as marcas.

"Agora mais do que nunca as viagens serão mais planejadas, mais cronometradas. Viagens de impulso tendem a diminuir no início da retomada. E o agente de viagens é o melhor profissional para traçar esse planejamento", continua Oskar Kedor.

Segundo o executivo, a Mobility teve de se antecipar à crise pelo fato de o internacional representar a maior fatia das locações de seu sistema de reserva, sendo o Estados Unidos responsável pela metade desse share. "Nós vimos chegando desde a Europa e antes de a doença ser notificada aqui já tínhamos o comitê de crise pronto, o que nos permitiu um horizonte um pouco mais claro", afirma. "Com os pés no chão, previmos que não haverá novas vendas até agosto."

Uma das maiores preocupações demonstradas por Kedor é a maneira com que a crise está sendo gerenciada pela esfera pública no Brasil. "Só aqui conseguimos instaurar uma crise política em meio a todo esse caos. Sinceramente, o risco Brasil me preocupa. Saber como nossa economia e as empresas sairão desta crise é algo que me aflige, mas acredito que o agente de viagens tem maneiras de sair menos afetado se entender que a demanda do cliente será mais individualizada, pois o planejamento deve, sim, ganhar relevância, e o cliente vai querer pagar por esse conforto [da consultoria]", completou, concordando com seu parceiro de live e de negócios Newton Vieira, da SMI.

Oskar Kedor também acredita que de certa forma o setor de locação pode se beneficiar em longo prazo. "As pessoas vão ver que não adianta ter carro se for para ficar na garagem. Casais que têm dois veículos podem passar a ter só um e alugar em períodos de necessidade. Além disso, quem ficou sem caixa pode desapegar do carro como bem de consumo para alugar mensalmente, por exemplo", concluiu.

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