Decolar, Paulus e MTur debatem sobre o futuro do Turismo
Vinicius Lummertz debate o futuro e as perspectivas do turismo com dois gigantes do mercado, GJP e Decolar.
Antes de revelar os vencedores de todas as categorias da primeira edição do Prêmio Nacional do Turismo, o ministro Vinicius Lummertz debateu o futuro e as perspectivas do turismo com dois gigantes do mercado, Guilherme Paulus, fundador da CVC e GJP, e Decolar. Mediado pela apresentadora Didi Wagner, o painel, apesar de muito rápido, foi bastante elogiado pela plateia que lotou a Fundação Cidade das Artes.
Nele, Guilherme Paulus, da GJP, relembrou sua trajetória e de como era diferente trabalhar com turismo há quase 40 anos. “A dificuldade para se fazer uma reserva de hotel era tremenda. Envolvia o telex, que muita gente hoje aqui nesse evento não sabe o que é”, brincou. “Para emitir aéreo era um outro problema. Nossas mãos ficavam sujas de carbono”. Questionado por Didi sobre as perspectivas, Paulus se mostrou bastante otimista. “A gente tem muita coisa para crescer ainda, muito mercado para explorar e muita gente para viajar”, destacou.
No entanto, o fundador da CVC e do Grupo GJP afirmou que o empresariado não pode ficar sentado esperando ajuda do governo, ele tem que sair na rua e fazer acontecer. “Eu não estou dizendo que o governo não deve ajudar, pelo contrário, deve e precisa. Ele pode, por exemplo, nos ajudar reduzindo ou flexibilizando alguns tributos que hoje são exorbitantes”, revelou. “Porém, o trabalho maior deve ser do empresário. Nós é que precisamos ser protagonistas, ajudar o governo e ajudar ao Brasil a retomar o seu crescimento”.
O diretor geral da Decolar.com no Brasil, Alexandre Moshe, acredita que o futuro do turismo está cada vez mais na união da tecnologia com o trabalho humano. “Que o mobile veio para ficar, isso ninguém tem dúvidas. Porém, nós, da Decolar.com, acreditamos que a tecnologia nunca vai extinguir a existência de um atendimento feito por um colaborador. Esse é o segredo do futuro”, opinou o executivo.
Segundo ele, ao mesmo tempo em que há um grupo na OTA estudando tecnologias que utilizem a realidade virtual para auxiliar o cliente em uma reserva de hotel ou na escolha de um destino, por exemplo, também há um grupo que trabalha na integração desta ferramenta com o call center da empresa. “O que não podemos fazer de forma alguma é nos esquecer da experiência do cliente. Devemos estar preparados para o bom atendimento em todos os canais de contato”, finalizou.