Pedro Menezes   |   26/05/2025 15:36
Atualizada em 26/05/2025 20:24

Com IOF unificado em 3,5%, qual a melhor forma de gastar no Exterior?

Com todos os métodos de pagamento sujeitos à mesma alíquota, o diferencial passou a ser o spread cambial


Levar uma pequena quantia em espécie para despesas pontuais e locais que não aceitam cartão é uma boa dica
Levar uma pequena quantia em espécie para despesas pontuais e locais que não aceitam cartão é uma boa dica

Brasileiros que viajam para o Exterior precisam redobrar a atenção na hora de escolher como levar dinheiro. Com a recente unificação do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) em 3,5% para todas as transações de câmbio, algumas estratégias antes mais econômicas, como contas internacionais ou cartões pré-pagos, perderam parte da vantagem tributária em relação a métodos tradicionais como cartão de crédito.

Agora, com todos os métodos de pagamento sujeitos à mesma alíquota, o diferencial passou a ser o spread cambial (diferença entre o dólar comercial e o valor cobrado ao cliente), que se tornou o principal fator de economia ou gasto extra em viagens ao Exterior.

Antes da mudança, havia alíquotas para cada tipo de operação (3,38% no cartão de crédito internacional; 1,1% para recargas em cartões pré-pagos; 1,1% para envio de valores a contas no exterior; e 1,1% para compra de moeda em espécie) Agora, todas essas modalidades pagam 3,5% de IOF.

  • Cartão de crédito (prático, mas o mais caro): usar o cartão de crédito internacional continua sendo a opção mais prática, mas também a mais cara. Além do IOF de 3,5%, a cotação utilizada é baseada no dólar turismo, somado a um spread elevado (de 4% a 7%).
  • Dinheiro em espécie (útil, mas com câmbio desfavorável): levar dinheiro em espécie pode parecer uma forma de controlar os gastos, mas a compra é feita com câmbio turismo, o que é geralmente o mais caro do mercado. Além disso, há riscos de perda ou roubo e dificuldade de rastreamento. Ou seja, o dinheiro vivo é ideal apenas para pequenos valores ou emergências.
  • Conta internacional com débito (melhor custo-benefício): serviços como Wise, Nomad, C6 Global, Inter Global e similares oferecem contas digitais com cartões de débito que podem ser usados no exterior. Mesmo com o IOF de 3,5% sobre as remessas, esses serviços trabalham com o dólar comercial e spreads baixos, entre 0,5% e 1,5%. Além disso, o viajante tem controle total sobre o câmbio na hora da conversão e pode evitar surpresas na hora da compra. Ainda assim, segue sendo o método mais vantajoso.
  • Cartões pré-pagos (alternativa intermediária): cartões como Wise (também pré-pago), Revolut e Nomad oferecem uma experiência próxima às contas internacionais, mas exigem que o viajante carregue os valores antes do uso. O IOF agora é de 3,5%, e o câmbio é o comercial, com spread variável. Ainda assim, são mais vantajosos que o cartão de crédito tradicional.
MétodoIOFCotação usada
SpreadAvaliação geral
Cartão de crédito3,5%Dólar Turismo4% a 7%Mais caro e instável
Cartão pré-pago3,5%Dólar comercial1% a 2%Bom custo e controle
Conta internacional3,5%Dolar comercial0,5% a 1%Melhor custo-benefício
Dinheiro vivo3,5%Dólar Turismo3% a 4%Útil apenas para emergências

Dicas bônus de como economizar mesmo com IOF alto?

  • Evitar o cartão de crédito tradicional, que continua sendo o mais caro.
  • Usar contas internacionais com débito, que oferecem o melhor câmbio.
  • Planejar a conversão de moeda com antecedência, acompanhando a variação cambial.
  • Levar uma pequena quantia em espécie para despesas pontuais e locais que não aceitam cartão.

Quer receber notícias como essa, além das mais lidas da semana e a Revista PANROTAS gratuitamente?
Entre em nosso grupo de WhatsApp.

Tópicos relacionados