Para diretor do Itaú, Turismo é um setor com potencial inexplorado; entenda
Cristiano Guimarães, diretor do Itaú BBA, subiu no palco do segundo dia do Fórum PANROTAS 2025

Investimentos, Turismo e Brasil foram alguns dos tópicos abordados em talk show que ocorreu no segundo dia do Fórum PANROTAS 2025. O bate-papo contou com a participação de Cristiano Guimarães, diretor do Itaú BBA, e foi moderado por Luis Ferrinho, CEO da Omnibees.
Guimarães iniciou destacando o mercado de fusões e aquisições (M&A) no Brasil, que, nos últimos dez anos, manteve uma volatilidade relativamente baixa em comparação com outros mercados.
Na sequência, o assunto foram os juros elevados, que reduzem a atratividade dos investimentos na bolsa, uma vez que a renda fixa pode oferecer retornos iguais ou superiores com menor risco. "Em 2021, os valores das companhias estavam muito altos porque os juros estavam nos menores patamares históricos, tanto no Brasil quanto no mundo, o que reduzia o custo de oportunidade", explicou.
O cenário de juros altos pressiona os valuations para baixo. Naquele momento, havia uma liquidez global elevada, e muitas empresas de tecnologia eram avaliadas com base em projeções de receita futura, sem necessariamente apresentar resultados concretos. "Esperamos que, quando a curva de juros começar a inverter, esse panorama mude", analisou.
De acordo com o diretor, em algum momento, a curva de juros deve começar a inverter, impactando diretamente o crescimento do mercado. "Quando isso acontecer, naturalmente haverá uma valorização das companhias, já que a taxa de referência se tornará mais baixa, tornando os investimentos mais atrativos", afirmou.
Ele acrescentou que esse movimento permitirá que os investidores paguem mais pelos ativos. "Os preços das empresas que estavam sendo negociados em patamares mais baixos tendem a subir conforme as condições de mercado se tornem mais favoráveis", analisou.
Turismo: um setor com potencial inexplorado

Sobre o Turismo, Guimarães destacou que o setor movimenta mais de R$ 200 bilhões e tem um grande potencial de crescimento. "Só por isso, já deveria ter mais atratividade para investidores. No entanto, ainda há poucas empresas do setor listadas na bolsa", pontuou.
Ele vê essa lacuna como uma oportunidade, mas reforça que o diferencial competitivo é essencial. "Tudo está relacionado à capacidade da empresa de gerar resultados. O poder está nas mãos dos compradores, mas, se você tem ativos que não podem ser facilmente replicados, certamente se torna um ativo mais raro e valioso", afirmou.
Para ele, a atratividade das empresas de Turismo no mercado financeiro depende de suas vantagens frente à concorrência.
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