Comércio paulista pode perder R$ 19,8 bilhões com feriados nacionais, diz FecomercioSP
Por outro lado, o Turismo deve se beneficiar com os feriados, principalmente o litoral do Estado
Os feriados nacionais deste ano devem resultar em uma perda de faturamento de cerca de R$ 19,8 bilhões para o varejo paulista, de acordo com a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).
O valor é 1,7% maior em relação ao ano passado, o que significa, em termos monetários, um aumento de R$ 323 milhões. Assim como ocorreu em 2024, boa parte dos feriados deste ano coincidirá com o fim de semana — e isso explica, em parte, essa alta relativamente tímida no montante de perdas.
Contudo, haverá mais “pontes” (quando um feriado cai próximo ao final de semana - na terça ou quinta-feira, por exemplo - fazendo com que haja a possibilidade de emendar os dias úteis): cinco, contra duas no ano passado.
Muito embora o valor projetado esteja na casa do bilhão de reais, a expectativa da FecomercioSP é que o varejo paulista tenha faturado R$ 1,4 trilhão em 2024, ou seja, uma perda de R$ 19,5 bilhões — que, se confirmada, representaria apenas 1,4% da receita anual do setor. É uma perda relativamente pequena, mas não desprezível, de acordo com a Federação.
Perdas na capital paulista
O estudo também avaliou o impacto dos feriados para São Paulo. Na capital paulista, as perdas projetadas estão na ordem dos R$ 5,9 bilhões — alta de 0,9% em comparação ao ano passado.
O que fazer para amenizar a situação?
Na avaliação da Federação, diante do calendário previsto, as empresas que normalmente lidam com redução no fluxo de consumidores nos feriados — ou que precisam fechar os estabelecimentos na ocasião — devem definir estratégias para conseguir faturar a meta do mês em outros dias.
Uma opção é atrelar a venda a um benefício nos serviços. Isso significa fazer parcerias para que o consumidor compre um produto e ganhe uma atração (cinema, parque, restaurante etc.) no feriado. Também é recomendável explorar os canais digitais, já que as vendas on-line atingem consumidores de outras regiões, e oferecer descontos mais agressivos nos dias que antecedem as pausas. No entanto, não há uma regra e a estratégia adotada vai depender da dinâmica do negócio e do tipo do produto comercializado.