Turismo dos EUA deve passar por grande reorientação política com Donald Trump
Com Trump, Turismo norte-americano pode ter que enfrentar mudanças nas regulamentações de vistos
Donald J. Trump será o novo presidente dos Estados Unidos. O candidato já alcançou votos suficientes para o novo mandato ao conquistar os tão esperados 270 delegados. O retorno de Trump à Casa Branca, como 47ª presidente, já deixa o Turismo preparado para o que pode ser uma abrangente reorientação política.
Com a vitória do republicano, o Turismo norte-americano pode ter que enfrentar mudanças nas regulamentações de vistos, além de novas questões sobre compromissos ambientais. Segundo analistas dos EUA, o segundo mandato de Trump pode criar incertezas ou até mesmo oportunidades para o Turismo internacional.
Durante o governo Joe Biden, o Departamento de Estado dos Estados Unidos registrou grandes processos na questão do tempo de espera do visto, incluindo mais postos consulares e isenção de entrevistas para renovações. No Brasil, por exemplo, a média hoje está em menos de 33 dias (eram quase 500 dias pouco depois da pandemia).
Além disso, o país está caminhando para atingir a meta de 90 milhões de visitantes anuais já em 2026. Estes dois fatores podem sofrer alterações com a volta de Trump, que é adepto a políticas mais restritivas, maiores triagens e mais burocracia, o que pode atrasar o crescimento do setor em todo o país.
Para viajantes internacionais, a perspectiva de novas proibições de viagens adiciona uma camada de incerteza, mas não para turistas brasileiros. No primeiro mandato, Trump decidiu restringir entrada de cidadãos do Irã, Iraque, Líbia, Somália, Sudão, Síria e Iêmen, uma medida que ele indicou que pode repetir.
Os negócios do Turismo
É bom lembrar que a administração anterior de Trump priorizou uma postura menos intervencionista em fusões, e especialistas do setor antecipam um retorno a essa abordagem. Para as companhias aéreas, por exemplo, as políticas de Trump podem aliviar a pressão em torno da realização de negócios.
Biden, por outro lado, aplicou multas pesadas e impôs regras rígidas para as companhias aéreas, obrigando-as a fornecer reembolsos automáticos e aderir a requisitos de acessibilidade. Ainda não está claro se essas proteções focadas no consumidor serão mantidas sob Trump.
Sob Biden, companhias aéreas e hotéis viram ganhos substanciais com gastos em infraestrutura, incluindo investimentos em modernizações de aeroportos e projetos rodoviários que estimularam a demanda por hotéis próximos. Embora Trump tenha historicamente apoiado projetos de infraestrutura, seu segundo mandato pode se afastar de iniciativas de gastos em larga escala.
Com informações da Skift.