Beatriz Contelli   |   19/11/2024 15:44

Milei revoga decisão que exigia que empresas estatais voassem com Aerolíneas

Objetivo é não conceder privilégios a nenhuma empresa e contribuir com uma competição justa


Divulgação
Meses atrás, o governo argentino já havia publicado a norma administrativa 888/2024, que estabelece que se devem buscar por voos mais baratos, justificar o objetivo da viagem e o número de comitivas
Meses atrás, o governo argentino já havia publicado a norma administrativa 888/2024, que estabelece que se devem buscar por voos mais baratos, justificar o objetivo da viagem e o número de comitivas

O governo de Javier Milei revogou o decreto 1191/2012 que obrigava os organismos e empresas da Administração Pública Nacional a reservar passagens aéreas com a Aerolíneas Argentinas. O novo decreto 747/2024 vai de encontro com a norma de 2013, que proíbe o Estado de "conceder privilégios legais a empresas onde é acionista".

A decisão, publicada hoje (19) no Boletim Oficial, também visa contribuir para "uma competição justa e a eliminação da preferência por empresas estatais nas compras públicas".

Meses atrás, o governo argentino já havia publicado a norma administrativa 888/2024, que estabelece que se devem buscar por voos mais baratos, justificar o objetivo da viagem e o número de comitivas. "As viagens devem ser reservadas com suficiente antecedência para que se tenha acesso a melhores tarifas e rotas", expressou o comunicado oficial.

A decisão do governo Milei coincide com a conclusão do acordo entre a companhia e os sindicatos aeronáuticos que inclui aumentos salariais e mudanças nas condições de trabalho, após meses de negociações. O novo acordo inclui um aumento salarial de 16% e o fim do benefício de pilotos aposentados utilizarem a classe executiva para si e seus familiares para férias. A companhia afirma que conseguiu reduzir seu déficit em mais de 75% em relação a 2023, ano em que registrou perdas de US$ 390 milhões.

Com informações do Ladevi, parceiro da PANROTAS.

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