Beatriz Contelli   |   15/10/2024 18:36

Childhood Brasil reforça urgência no combate à violência sexual contra crianças

Viagens corporativas são um dos principais meios dessa exploração; entidade destaca ações de prevenção


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Organização clama para que viajantes fiquem atentos a suspeitas de violência contra crianças
Organização clama para que viajantes fiquem atentos a suspeitas de violência contra crianças

A Childhood, organização que atua pela proteção da infância, tem alertado sobre a relação da indústria de Viagens e Turismo com a exploração sexual de crianças e adolescentes. Entre suas ações, o programa Na Mão Certa destaca-se por convocar pessoas e empresas a identificarem situações de violência sexual contra menores de idade durante as viagens.

Segundo a organização, as viagens corporativas são um dos principais meios utilizados por criminosos e aliciadores para promover a exploração, seja via agências de viagens, bares e restaurantes, espaços de entretenimento e lazer, meios de transporte, guias de Turismo, meios de hospedagem e redes sociais.

“Estamos trabalhando para ampliar nossa atuação e encontrar novas soluções contra a violência sexual de crianças e adolescentes. Convocamos todas as empresas do Turismo brasileiro a aderirem à iniciativa e a romperem o silêncio. Engajar o trade de viagens nessa pauta é uma urgência”

Superintendente de Programas e Relações Empresariais da Childhood Brasil, Eva Cristina Dengler

O escritório da Childhood no Brasil oferece às empresas parceiras oficinas de formação, acompanhamento e assessoria, acesso a comunidades, materiais informativos e campanhas de comunicação, além de uma metodologia exclusiva para viagens corporativas:

  • Passo 1: Sensibilizar CEOs e outras lideranças aliadas da garantia dos direitos de crianças e adolescentes;
  • Passo 2: Mapear o fluxo das viagens corporativas e os fatores de risco sobre qualquer situação de violação de direitos de crianças e adolescentes;
  • Passo 3: Informar e qualificar agentes estratégicos para implantar ações de gerenciamento de risco;
  • Passo 4: Avaliar o engajamento dos colaboradores e o impacto das ações de proteção.

A organização também atenta sobre como identificar situações que podem caracterizar a exploração sexual de crianças e adolescentes, que lugares apresentam riscos e quais comportamentos suspeitos devem ser denunciados imediatamente.

Vai viajar? Ligue o radar

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) divulgou que, em 2023, o Brasil registrou 52 mil casos de crianças e adolescentes vítimas de violência sexual. O número representa um aumento de 16% em relação a 2021 e estima-se que apenas 8,5% dos casos chegam às delegacias.

Ao identificar situações de risco de exploração sexual de crianças e adolescentes, você pode fazer parte do Círculo de Proteção. Disque 100 e denuncie.

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