Turismo nacional fatura R$ 15,7 bilhões e cresce 4,7% em abril
Segundo FecomercioSP, segmento de transporte aéreo foi o que registrou maior faturamento no mês
A FecomercioSP divulgou dados do Faturamento do Turismo Nacional, elaborado mensalmente pela federação. O estudo apontou que, em abril, o setor faturou R$ 15,7 bilhões, registrando alta de 4,7% em comparação com o mesmo período do ano passado.
- O segmento com maior faturamento no mês foi justamente o de transporte aéreo, com R$ 3,73 bilhões e alta anual de 3,7%. De acordo com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o número de passageiros por quilômetros transportados foi o maior desde 2015;
- A oferta de assentos por quilômetro também cresceu, segundo a Anac, apontando o maior nível desde 2012. Foi um movimento significativo de recuperação da oferta aérea, reduzindo a pressão sobre os preços das passagens, que, agora, podem encarecer novamente pela disparada do dólar;
- A pesquisa também destaca que a inflação do setor vem demonstrando uma trégua em relação ao ano passado. Isso torna o volume de turistas que estão viajando de avião, hospedando-se em hotéis e alugando carros mais relevante, para o faturamento geral, do que os valores despendidos nas atividades turísticas;
- Para se ter uma ideia, a inflação do Turismo, calculada pela FecomercioSP com base nas informações do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), foi de 0,7%, no acumulado dos últimos 12 meses (até abril). Há um ano, essa variação era de 21,5%. Em maio, houve elevação média nos preços de 1,45%,e o acumulado subiu para 8,4%, ainda num nível razoável diante do registrado nos últimos dois anos.
Faturamento do Turismo nacional por segmentos
- O setor de locação de meios de transportes, com crescimento anual de 11,9% e faturamento de R$ 2,2 bilhões, foi o que mais se destacou positivamente, em abril, em termos de variação. No ano, a alta acumulada é de 12,3%;
- Também apresentaram variações importantes as atividades relacionadas a alojamento (9,6%); alimentação (3,3%); atividades culturais, recreativas e esportivas (5,6%); e agências, operadoras e outros serviços (4,4%), além de outros tipos de transporte aquaviário (5,1%);
- Apenas o transporte rodoviário apontou retração no mês, caindo 1,2% e acumulando perda de 9,6%, nos quatro primeiros meses do ano. Esse desempenho está relacionado à base de comparação, já que, em 2022, o setor cresceu 30%. Um dólar mais caro deve favorecer os deslocamentos regionais nos próximos meses, uma vez que os preços de viagens mais longas, como as de avião, podem ficar mais elevados.
Amazonas e Espírito Santo lideram altas
- Os Estados do Amazonas e do Espírito Santo foram os principais destaques do mês na avaliação regional, obtendo variações de 13,9% e 13,4%,respectivamente;
- Na sequência, vieram Maranhão (12%), Sergipe (10,6%) e Santa Catarina (9%). São Paulo, que tem grande relevância para o faturamento do setor, voltou a crescer após uma sequência negativa, avançando 4,7% no contraponto anual;
- Por outro lado, Tocantins, Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul sofreram quedas respectivas 10,2%, 5% e 2,9%. No último caso, o estudo ainda não captou os efeitos das chuvas do início de maio, que causaram imensos impactos sociais e econômicos para a região. O Estado gaúcho, que conta com uma participação próxima a 6% no faturamento nacional, foi afetado na sua plenitude, com o fechamento do aeroporto e dificuldade de acesso às principais cidades turísticas, como Gramado.