Visto para tripulantes dos EUA, Canadá e Austrália é adiado para julho
Prazo servirá para que os envolvidos formem um grupo de trabalho para analisar a exigência
Em reunião nesta segunda-feira (18) entre os ministros do Turismo, Celso Sabino, de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, de Relações Exteriores, Mauro Vieira, e o presidente da Embratur, Marcelo Freixo, ficou decidido que o início da cobrança de vistos para tripulantes dos Estados Unidos, Canadá e Austrália será adiado por seis meses, valendo a partir de 10 de julho.
O prazo servirá para que os envolvidos formem um grupo de trabalho com outros representantes do governo federal, incluindo a Anac, para analisar e decidir, ao longo deste período, o que será feito em relação à exigência dos documentos.
Inicialmente, a exigência do visto para tripulantes passaria a valer em 10 de janeiro de 2024, como forma de reciprocidade. De acordo com o texto da nota, “ficou decidido que o início da cobrança de vistos para tripulantes será adiado por seis meses, até 10 de julho”. O texto foi assinado pela Embratur e pelos três ministérios.
Visto para turistas
A decisão tomada hoje em nada altera a retomada da cobrança de vistos para os turistas dos Estados Unidos, Austrália e Canadá. Os cidadãos dos três países que desejam conhecer o Brasil devem solicitar o visto eletrônico, o chamado e-Visa, por meio do endereço eletrônico: brazil.vfsevisa.com.
O documento será exigido nos portos, aeroportos e fronteiras terrestres brasileiras a partir do dia 10 de janeiro do ano que vem. A Embratur e o Ministério do Turismo atuam na produção e distribuição de informações sobre o procedimento de emissão do visto a todos os operadores turísticos e companhias aéreas que vendem, nesses três países, passagens e pacotes para o Brasil.
O requerente fará por via digital toda a tramitação do pedido e a apresentação da documentação pertinente, e receberá o visto também eletronicamente, via e-mail. Para entrar no Brasil, precisará apresentar o passaporte válido e uma cópia impressa do visto. O visto eletrônico custará US$ 80,90, permitirá múltiplas entradas e terá o mesmo prazo de validade dos vistos convencionais: dez anos para norte-americanos, cinco anos para canadenses e australianos.
E-visa
A operação do sistema digital do visto está sob a responsabilidade da empresa VFS Global, contratada pelo Ministério de Relações Exteriores. A retomada da cobrança do visto atende a determinação do Decreto n.º 11.515, de 2/5/2023, que restabeleceu o princípio da reciprocidade e da igualdade de tratamento, tendo em conta a exigência de vistos para cidadãos brasileiros entrarem nesses países.
Nos EUA, a Embratur oficializou em junho o retorno ao quadro de membros da Associação de Operadoras de Turismo dos Estados Unidos (USTOA), após quatro anos de afastamento. Por meio dos canais internos de comunicação da entidade, a Agência se comunica com todo o trade turístico norte-americano. No Canadá e Austrália, a estratégia também é informar o trade e companhias aéreas que comercializam pacotes e passagens para o Brasil.