Fornatur quer promoção profissional no Brasil e Exterior; leia entrevista
Amaral foi reeleito por mais dois anos, permanecendo no cargo até dezembro de 2025
Fabrício Amaral, presidente da Goiás Turismo, foi reeleito presidente do Fórum Nacional de Secretários e Dirigentes Estaduais de Turismo (Fornatur) por mais dois anos, permanecendo no cargo até dezembro de 2025. Em entrevista ao Portal PANROTAS, ele falou sobre os planos e perspectivas para o novo mandato.
Portal PANROTAS: Quais são as prioridades para a nova gestão?
Fabrício Amaral - São três as prioridades. Uma delas é a profissionalização do Fornatur e já temos um orçamento definido para isso. A entidade não precisa de uma sede, mas com um orçamento aproximado de R$ 1 milhão por ano, queremos montar uma estrutura de assessoria jurídica e parlamentar para nos auxiliar em tarefas de rotina. Definimos R$ 30 mil por ano para cada Estado para começar. E queremos, como correalizadores, patrocinar eventos que envolvem interesses da instituição.
A segunda prioridade é nos manter junto ao Ministério e ao Legislativo na capacidade política de diálogo e desenvolvimento. Hoje, tudo o que ministro do Turismo faz, ele nos consulta. Os secretários de Estado têm o perfil político e podem criar uma estrutura de desenvolvimento maior para o Turismo brasileiro.
A terceira bandeira é a regionalização. Hoje há mais de 330 regiões turísticas que estão no Mapa do Turismo Brasileiro e é preciso fazer um convênio com o ministério para repassar recursos a elas.
Portal PANROTAS: Quais são as perspectivas para 2024 no Turismo nacional e Internacional?
Fabrício Amaral - O desafio nacional é o fortalecimento de regiões turísticas, afinal, são mais de 2 mil municípios. Também temos um grande projeto voltado ao Turismo doméstico, que visa incentivar os brasileiros a viajarem pelo seu país. Antes de conquistar o mercado internacional, devemos fazer o dever de casa. Precisamos melhorar nossa promoção internacional, que ainda está muito capenga. Embora tenhamos uma parceria com a Embratur e estejamos muito alinhados com o seu presidente, Marcelo Freixo, e com o ministro do Turismo, Celso Sabino, é necessária uma promoção internacional mais contínua e profissional. Não adianta ir para uma feira, esperar seis meses e ir para outra.
Precisamos de uma estratégia mais robusta. Eu gosto muito do fortalecimento do mercado nacional e apostaria pesado nisso, pois é uma bandeira de venda para o internacional. Vale destacar que o mercado latino-americano é um público promissor para o nosso País. Claro que também queremos euro e dólar, mas há outras maneiras de gerar fluxo e temos muito dever para fazer ainda.
Portal PANROTAS: Como está a interlocução do Fornatur com o governo, o Ministério do Turismo e a Embratur?
Fabrício Amaral - Fizemos o Salão do Turismo juntos, o Fornatur ajudou organizar o evento. E tenho feito reuniões com senadores e deputados para viabilizar recursos. A pauta do Turismo tem que ser a economia e não dá para ficar só no discurso.
Portal PANROTAS: Quais são as principais demandas do setor para o ano que vem?
Fabrício Amaral - A segurança pública sempre será um grande fator para desenvolver o Turismo. Em Goiás, por exemplo, o nível de segurança é satisfatório. A bandeira do governador do Estado, Ronaldo Caiado, é a segurança pública e ele é o governador mais bem avaliado do País.
Além disso, a qualificação é uma questão que nos incomoda muito, pois seu nível tem deixado muito a desejar. Também é importante, como já citei, a regionalização, a valorização dos municípios menores. Temos uma grande expectativa para 2024.
O Conselho Nacional do Turismo foi reativado e tenho sentido as pessoas motivadas. Esperamos que o ministro do Turismo se mantenha no cargo, dando continuidade à gestão. De 2013 para cá, a média de permanência dos ministros no cargo não dura um ano e isso é péssimo para qualquer tipo de gestão.