Beatrice Teizen   |   23/12/2022 18:25

Embratur também se manifesta sobre relatório de transição do governo

Fato ocorreu após o Ministério do Turismo enviar uma resposta ao documento, divulgado ontem (22)

PANROTAS / Filip Calixto
Silvio Nascimento, presidente da Embratur do governo Bolsonaro
Silvio Nascimento, presidente da Embratur do governo Bolsonaro
Após o atual Ministério do Turismo enviar uma resposta ao relatório final do Gabinete de Transição Governamental, divulgado ontem (22), pelo governo do presidente eleito Lula, a Embratur também enviou uma nota para rebater as declarações.

Confira abaixo na íntegra:

"Ao contrário do que diz o relatório final do Gabinete de Transição Governamental, divulgado nesta quinta-feira (22/12), a Embratur cumpriu sua missão institucional e promoveu os destinos turísticos do Brasil com grande competência na atual gestão. Durante o período mais difícil já enfrentado pelo turismo mundial, nos anos de 2020 e 2021, a instituição foi transformada em Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo, uma demanda antiga do setor, portanto, uma conquista histórica, que permite ao Brasil ter ganho de competitividade no exterior.

Até junho de 2021, a Embratur, precisou, por força de legislação, devido à pandemia, focar na promoção do turismo interno em parceria com o Ministério do Turismo e trade local, fortalecendo o turismo doméstico, com a geração de emprego e renda no Brasil. Todo trabalho desenvolvido pela instituição neste período é público e pode ser consultado no endereço https://embratur.com.br/planejamento-estrategico/.

Desde julho do ano passado, a Agência voltou a exercer, na integralidade, a missão institucional original da instituição: posicionar o Brasil na prateleira do turismo internacional. Neste ano, a Embratur intensificou de forma significativa sua ação, encerrando 2022 tendo realizado 15 roadshows pela Europa e Américas, 11 press trips, 26 workshops de capacitação do trade nacional e 4 famtours. 10 campanhas publicitárias em mercados estratégicos, além de ter participado das 12 principais feiras internacionais, entre outros. O balanço pode ser consultado na íntegra neste link https://embratur.com.br/2022/12/22/veja-como-as-acoes-da-embratur-no-ano-da-retomada-do-turismo-foram-determinantes-para-brasil-receber-mais-de-3-milhoes-de-turistas-estrangeiros-em-2022/.

Dessa forma, a gestão que se encerra entrega a Agência em condições totais de operação, com contratos prontos para serem executados nos mais importantes mercados e com o setor do turismo em plena consolidação da retomada da chegada de visitantes internacionais, o que demonstra a assertividade nas ações e estratégias adotadas pela Embratur.

Em novembro, o país superou a marca de 3,1 milhões de turistas estrangeiros recebidos pela primeira vez desde 2019, ano anterior à pandemia, superando últimos dois anos somados: 2020 (2,1 milhões) e 2021 (745,8 mil). O gasto de turistas estrangeiros no Brasil chegou a US$ 4,4 bilhões entre janeiro e novembro de 2022, ante US$ 2,5 bilhões e de US$ 2,6 bilhões ao longo de 11 meses em 2021 e 2020, respectivamente.

Vale citar ainda a ampliação da conectividade do Brasil com o mundo, um dos grandes focos da atuação da Embratur em 2022. Com reuniões no país e mundo afora com companhias aéreas, a Agência contribuiu para que, em dezembro, a malha aérea internacional do país superasse o período pré-pandemia. Neste mês, registrou 105,4% da capacidade apresentada em dezembro de 2019, com um total de 5.270 voos. Isso configura ainda um acréscimo de 16,78% quando comparado a novembro/2022. Esse foi o maior volume apresentado pela malha aérea internacional brasileira após o período de fechamento de fronteiras e demais restrições impostas pela pandemia de Covid-19.

Por fim, vale lembrar que a transformação da Embratur em Agência já havia sido alvo de outras tentativas, todas sem sucesso, durante governos anteriores, que tiveram condições muito mais favoráveis por não terem enfrentado uma pandemia global. É uma pena que, durante os quatro anos da atual gestão, não foi possível contar com o apoio de quem hoje diz ter soluções mágicas, mas que inclusive votou contra, no Congresso Nacional, a indicação de fontes perenes que impulsionariam ainda mais a promoção do Brasil no exterior."

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