Filip Calixto   |   01/02/2022 11:43

Resorts com cassinos ganham defesa também no Senado

Segundo o senador Irajá, isso fará o número de turistas estrangeiros dobrar, de 6 milhões para 12 milhões

Com votação agendada para este mês na Câmara dos Deputados, o PL 442/91, que trata da legalização dos jogos de fortuna no Brasil voltou a ser tema, agora no outro extremo do Congresso Nacional. Dessa vez por conta das declarações do senador Irajá (PSD), que defendeu nas redes sociais o PL 4.495/2020, que legisla acerca de assunto parecido, buscando permissão para a implantação de resorts com cassinos. O projeto é de autoria do próprio senador, que chamou a atenção para o potencial de atração de investimentos e geração de empregos da medida. As informações são da Agência Senado.

Divulgação
Agora há também defesa dos resorts com cassinos no Senado Federal
Agora há também defesa dos resorts com cassinos no Senado Federal
O parlamentar estimou que o estabelecimento no Brasil dos chamados resorts integrados fará o número de turistas estrangeiros dobrar, em cinco anos, de 6 milhões para 12 milhões.

“É hora de criar novos produtos e serviços para ampliar o número de visitantes estrangeiros e gerar mais empregos, criando um marco legal seguro para investidores e com regras rígidas para atuação dos órgãos de fiscalização e controle”, afirmou Irajá na postagem ao estimar investimentos de R$ 44 bilhões e a criação de 200 mil empregos caso seu projeto seja transformado em lei.

De acordo com o projeto do senador, os resorts integrados são definidos como "complexos de Turismo com operação de cassinos que conjugam instalações hoteleiras, centro de convenções, espaços para feiras, exposições, eventos corporativos, congressos e seminários, reuniões de incentivo, centros ecumênicos, além de diferentes opções de entretenimento e conveniência oferecidas ao visitante, tais como restaurantes, bares, spas, shopping centers, galerias de arte, museus, teatros, campos de golfe, parques temáticos, aquáticos e outras opções", diz.

O texto prevê que o espaço físico ocupado pelo cassino deverá corresponder a, no máximo, 10% da área total do resort integrado. E também estabelece a competência exclusiva da União para conceder, regulamentar e fiscalizar as atividades de resorts integrados com cassinos.

O senador do Tocantins justificou seu projeto citando os efeitos negativos da pandemia de covid-19 sobre o Turismo, que agravaram fatores como a baixa visitação internacional, a falta de investimentos e os poucos recursos para campanhas de marketing. Para ele, os resorts integrados constituem “oportunidade para mudar de patamar a visitação internacional ao País" e aumentar a participação do Brasil no mercado internacional de feiras e eventos.

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