Bolsonaro diz que é contrário ao passaporte sanitário
Apesar de ter apoio de ministros do Turismo e da Saúde, presidente diz que vetará caso texto seja aprovado

"O que tu acha do passaporte da covid? Aquela onda aí, entrou nas mídias sociais. Sem comentários. A vacina vai ser obrigatória no Brasil? Não tem cabimento", disparou Bolsonaro a apoiadores em frente ao Palácio da Alvorada nesta terça-feira (15). "Alguns falam que para você viajar tem que ter um cartão de vacinação. Cada país faz suas regras. Eu não acredito que isso passe pelo Parlamento. Se passar, eu veto e o Parlamento tem o direito de analisar", completou o presidente.
MODELO APROVADO NA EUROPA
Na Europa, o passaporte sanitário de covid-19 já é realidade, começou a ser emitido e poderá ser utilizado a partir de 1º de julho. O Parlamento Europeu deu sinal verde e os 27 países da União Europeia já aceitaram o documento, em formato digital ou impresso, como comprovação de imunidade e consequentemente autorizam ou rejeitam a entrada de visitantes da comunidade.

A OMS, contudo, faz seus alertas. Para o diretor do órgão na Europa, o andamento da vacinação no continente é insuficiente para proteger a região.
MINISTRO DO TURISMO É FAVORÁVEL AO CERTIFICADO DE VACINAÇÃO
Ideia similar já recebeu o apoio do ministro do Turismo, Gilson Machado Neto, e de sua equipe técnica. Segundo ele, um certificado digital de vacinação pode ser a ferramenta ideal para que as pessoas voltem a ter acesso, em curto prazo, a estádios de futebol, eventos, bares e restaurantes, ainda que sem abrir mão dos protocolos de segurança. Seria, portanto, um certificado aliado do Turismo, na visão do líder da pasta, apesar de ele ressaltar que o mesmo não pode ser mandatório.
Em abril, Machado Neto e o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, firmaram uma parceria para incentivar o uso do certificado por prefeitos e governadores.
O certificado nacional de vacinação contra a covid-19 já pode ser emitido pelo aplicativo Conecte SUS, desenvolvido pelo ministério da Saúde. A tecnologia mostra aos cidadãos dados de atendimentos realizados, medicamentos distribuídos no SUS e a localização de serviços de saúde.

Em seu Instagram, o ministro publicou um vídeo no qual ressalta que nem o certificado de covid-19 e nem a vacina são obrigatórias ao brasileiro.