Vinicius Novaes   |   19/08/2020 11:03
Atualizada em 19/08/2020 11:05

Confiança do empresário tem alta em agosto, aponta pesquisa

Estudo é da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC)

Após sinais de recuperação em julho, o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), medido pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), seguiu a tendência positiva e registrou a maior alta da história em agosto (+11,5%), chegando a 78,2 pontos. Embora permaneça na zona de avaliação pessimista (abaixo dos 100 pontos), o crescimento mensal foi o maior desde o início da realização da pesquisa, em abril de 2011. Por outro lado, no comparativo anual, houve queda de 32%.

Os indicadores de atividade dos principais setores da economia têm mostrado que o ‘fundo do poço’ dessa crise ficou mesmo em abril. Além disso, apesar das restrições que a covid-19 ainda impõe para as vendas físicas, o varejo tem viabilizado parte do faturamento pelo comércio eletrônico e outros canais digitais”, afirmou o presidente da CNC, José Roberto Tadros.

Divulgação
José Roberto Tadros, presidente da CNC
José Roberto Tadros, presidente da CNC
Os três subíndices do Icec apresentaram alta em agosto, com destaque para o que avalia as expectativas para o curto prazo. O indicador registrou aumento de 17,8% – em relação a julho –, revelando o otimismo dos comerciantes para os próximos meses em relação à economia e ao desempenho do comércio e da própria empresa.

Com o avanço mensal, o item alcançou 127,1 pontos e se consolidou como o de maior nível entre os principais indicadores da pesquisa. A avaliação dos comerciantes especificamente com relação ao desempenho da economia nos próximos meses também chamou a atenção, com crescimento de 19,3% – o segundo consecutivo –, chegando a 116,5 pontos e voltando à zona de avaliação otimista.

O indicador que mede a satisfação dos comerciantes com as condições atuais registrou o primeiro aumento (+5,9%) em cinco meses, após acumular quedas intensas em abril, maio, junho e julho. O item chegou a 36,9 pontos, ainda 58,2% atrás da pontuação registrada em agosto de 2019.

CONTRATAÇÕES

Caminho semelhante seguiu o índice que avalia as intenções de investimento, que apresentou sua primeira alta desde abril (+4,3%), alcançando 70,5 pontos. Entre os indicadores de investimento, a intenção de contratação de funcionários, apesar de estar 48 pontos abaixo do nível pré-pandemia, teve crescimento recorde em agosto (+13,9%), chegando a 77,9 pontos.

“Com a reabertura gradual e expectativas de melhor desempenho do setor no último quadrimestre, parte dos varejistas já pensa em ampliar as contratações. O último trimestre do ano concentra a principal data para o comércio, com aumento sazonal das vendas entre novembro e dezembro, o que motiva a contratação de funcionários, mesmo os temporários”, disse a economista da CNC, Izis Ferreira.

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