Beatriz Contelli   |   04/11/2024 10:56

Argentina registra queda no Turismo e anuncia alta de taxas turísticas

País anunciou aumento nas taxas turísticas para tentar suprir o impacto econômico negativo no setor


Benjamin R./Unsplash
A temporada de inverno, por exemplo, registrou um impacto econômico de US$ 1,2 milhão, 22% a menos que em 2023
A temporada de inverno, por exemplo, registrou um impacto econômico de US$ 1,2 milhão, 22% a menos que em 2023

A Argentina tem vivido um momento negativo para o Turismo receptivo internacional, combinado com uma queda significativa no Turismo nacional e uma baixa ocupação hoteleira. Alguns destinos e atrações do país aderiram a novas taxas turísticas, com o objetivo de arrecadar fundos e suprir a falta de visitantes, o que, por outro lado, tem comprometido a competitividade da Argentina, tornando o país ainda mais caro.

O Turismo interno por lá registrou grandes quedas comparadas ao ano passado. A temporada de inverno, por exemplo, registrou um impacto econômico de US$ 1,2 milhão, 22% a menos que em 2023. Entre abril e setembro, o país também registrou quedas no receptivo: 23,4% a menos em abril, 27,5% a menos em maio, 20,6% a menos em junho, 17,7% a menos em julho, 17,5% a menos em agosto, 15,9% a menos em setembro.

A província de Misiones, por exemplo, anunciou que cobrará um imposto entre US$ 1 e US$ 2 por dia aos visitantes internacionais hospedados nos hotéis locais a partir de 2025, para investir na renovação da infraestrutura e em melhorias nos serviços.

Ushuaia cogita cobrar uma taxa turística entre US$ 5 e US$ 10 de visitantes nacionais e internacionais. O setor privado do destino alega que a decisão influenciará na perda de competitividade no mercado, uma vez que tornaria Ushuaia mais cara do que outras capitais do mundo, como Madrid, que cobra taxa de US$ 3,2; Barcelona, US$ 4,3; Nova York, US$ 3,5; Montevidéu, entre três e cinco dólares.

Bariloche também estuda a possibilidade de implementar novas taxas turísticas, enquanto Buenos Aires já possui uma taxa que varia entre US$ 0,5 e US$ 1,5.

Parques Nacionais aumentam as taxas turísticas

Divulgação
O Parque Nacional Tierra del Fuego, em Ushuaia, aumentou de 10.000 para 12.000 pesos
O Parque Nacional Tierra del Fuego, em Ushuaia, aumentou de 10.000 para 12.000 pesos
Nas vésperas da temporada de verão, o governo argentino lançou uma campanha para promover os Parques Nacionais, que contam com novas tarifas turísticas a partir de hoje (4). O Parque Nacional Iguazú é um dos atrativos que aumentará os preços, passando de 10.000 a 15.000 pesos.

O Parque Nacional Tierra del Fuego, em Ushuaia, aumentou de 10.000 para 12.000 pesos, além de outros parques como Los Glaciares, Los Arrayanes, Talampaya e Sierra de las Quijadas.

Os aumentos das taxas nos parques nacionais argentinos demonstra uma disparidade de valores com outros destinos, como o Chile, por exemplo. Enquanto o Parque Nacional Los Glaciares cobra US$ 15,1, o Parque Nacional Torres del Paine (Chile), tem um custo de US$ 5,2.

O Parque Nacional los Alerces, com uma taxa de US$ 7, é o parque nacional mais barato da Argentina, enquanto o Parque Nacional Torres del Paine é o mais caro do Chile.

O visitante internacional que visitar as Cataratas do Iguaçu do lado argentino terá que pagar 45 mil pesos, aproximadamente 30 dólares mais caro do que se cobra no lado brasileiro.

Com informações do Ladevi, parceiro da PANROTAS na Argentina.

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