Upgrade: Rio de Janeiro adota sistema inteligente de dados no Turismo
Anuário do Turismo carioca mostra, por meio dos dados de telefonia, análises mais precisas para o trade
O Rio de Janeiro finalmente tem dados confiáveis e qualificados sobre seus visitantes, que podem ser usados não só pela indústria de Turismo, mas por universidades, centros de estudo e pesquisa. É o que garante sua secretária municipal de Turismo, Daniela Maia.
Ela se refere ao novo serviço de geolocalização licitado pela cidade, que permite captar dados da operadora de celular do turista e por meio deles analisar local de hospedagem, tempo de permanência, transporte utilizado para chegar ao Rio, além de praias e pontos mais visitados durante a estada, entre outros.
O nome desse novo serviço é Anuário do Turismo Carioca, que pode ser acessado no site da Setur (clique aqui).
Anuário do Turismo Carioca mostra
- Ranking nacional por Estado
- Ranking internacional
- Chegada por aeroportos e rodoviárias
- Atrativos mais visitados
- Indicadores econômicos
- Oferta turística, entre outros
“Os números estão muito mais precisos. Passamos a enxergá-los de maneira mais qualificada. Eles ajudarão o público a melhorar e priorizar investimentos para turistas que chegam à nossa cidade, sejam eles brasileiros, estrangeiros, ou mesmo os fluminenses e cariocas que passeiam pela própria cidade", afirma Daniela Maia.
"Vamos alimentar o anuário mensalmente e deixaremos aberto ao público para que todos se aprofundem e enxerguem o Turismo como uma ferramenta estratégia para a economia da cidade", completa a secretária, em entrevista para o Portal PANROTAS.
Os dados já divulgados se referem a 2023, e do diagnóstico deles, vários desafios já estão à mesa de Daniela Maia. "O número de estrangeiros está abaixo do que temos capacidade de atrair, e o doméstico é muito maior do que imaginávamos, pois antes era difícil calcular as pessoas que vinham de carro. Nos surpreendeu também a quantidade de visitantes que procura as favelas. Confirmamos suspeitas em relação à alta procura por locais do centro, como a Pequena África, a Lapa e Escadaria Selaron", pondera a secretária, que garante pioneirismo na iniciativa.
"Ninguém tem essa ferramenta no Brasil. Vamos aproveitar para compartilhar com a Embratur e fazer as campanhas mais assertivas nos mercados internacionais chaves, como Argentina, Chile e Estados Unidos. E é só o começo, pois os dados tendem a ficar mais qualitativos conforme mês a mês são captados."
"Entender que a Lagoa Rodrigo de Freitas, as favelas da Rocinha e Vidigal e o Jardim Botânico rivalizam com Centro Cultural Banco do Brasil – em visitação – mostra que teremos réguas e medições interessantes para poder melhorar a experiência dos turistas em determinados locais de visitação. O trade poderá se beneficiar, a indústria do turismo sairá ganhando e o mindset de como e o que estava sendo feito até agora será totalmente revisto”
Daniela Maia, secretária de Turismo do Rio de Janeiro, sobre o Anuário do Turismo