Da Redação   |   08/05/2023 11:46

Ocupação da capital paulista bate 77% em março; Prefeitura analisa dados

Números positivos do primeiro trimestre confirmam a importância dos grandes eventos na cidade


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Ricardo Nunes, prefeito de SP, fala durante a abertura a Virada ODS
Ricardo Nunes, prefeito de SP, fala durante a abertura a Virada ODS

Em março, os britânicos do Coldplay fizeram seis shows no Estádio do Morumbi. Somado o público de todas as apresentações, foram mais de 400 mil pessoas. No final de semana seguinte aconteceu a inédita corrida de Fórmula E, com carros elétricos no circuito de rua do Sambódromo, e o Lollapalooza, com duração de três dias, no autódromo de Interlagos, lotado, com público de 300 mil, segundo os organizadores. Mesmo considerando que grande parte é de moradores da cidade e da Grande São Paulo, turistas somam, em média, 20% público nos grandes eventos.

Bem mais silenciosas, no mesmo mês a cidade teve feiras tão diversas quanto a Hair Brasil, com 95 mil visitantes, no Expo Center Norte, a Plástico Brasil, com 800 marcas, no Expo São Paulo (Imigrantes), e a Expo Meat, de proteína animal e vegetal, com 200 expositores, no Distrito Anhembi. No caso das feiras, a média de turistas é de 30% dos visitantes.

Resultado: em março, a cidade registrou a melhor taxa de ocupação hoteleira para um mês desde 2018, 77%. O primeiro trimestre fechou com 61,47%, 8% mais que o mesmo período de 2022, quando ficou com 56,92%. Se considerados apenas os finais de semana, quando acontecem os eventos culturais e festivais, o resultado de março é o melhor da série histórica, iniciada em 2012: 74,1%.

Todos os indicadores do setor de viagens, acompanhados pelo Observatório do Turismo e Eventos, da São Paulo Turismo, empresa da Prefeitura, apontam o retorno pleno do setor, depois de três anos afetados pela pandemia de covid.

Entre janeiro e março, os três principais aeroportos do estado – Viracopos, Congonhas e Guarulhos – receberam 26% mais passageiros: de 14,2 milhões, em 2022, para 17,8 milhões este ano.

Nos terminais rodoviários – Tietê, Barra Funda e Jabaquara – foram 600 mil passageiros a mais: de 3,1 milhões para quase 3,7 milhões, crescimento de 17,3% em 2023 sobre 2022.

Na hotelaria, tão importante quando a ocupação, chama atenção o valor médio das diárias: bateu em R$ 668,00 em março, crescimento de 57% na comparação com 2022. Ou seja, mais turistas pagando valores mais altos.

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Nunes durante lançamento de ação social vinculada do The Town, na comunidade Haiti: foco na criação de empregos
Nunes durante lançamento de ação social vinculada do The Town, na comunidade Haiti: foco na criação de empregos

“Os impactos no mercado são muito positivos, porém o que nos deixa mais satisfeitos é a criação de empregos”, diz Gustavo Pires, presidente da São Paulo Turismo/SPTuris. No primeiro trimestre, o saldo de empregos formais no setor de turismo da capital paulista foi de 8008 vagas (Fonte: Caged/Ministério do Trabalho e Previdência). “Quantos empregos vai gerar?" Esta é a primeira pergunta que o prefeito Ricardo Nunes faz quando começamos a trabalhar na captação ou organização de um novo evento”.

Outro índice importante, a arrecadação do Imposto sobre Serviços (ISS) fechou o primeiro trimestre com 84,5% a mais que o mesmo período de 2022: R$ 78,6 milhões para R$ 145,1 milhões. Nesse ritmo, é possível prever que o resultado de 2023 ficará perto de R$ 600 milhões.

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