Visto mexicano presencial é um retrocesso, dizem entidades
O Governo do México oficializou a volta da exigência de vistos para brasileiros que visitam o país
O Governo do México oficializou nesta quarta-feira (3) a volta da exigência de vistos para brasileiros que visitam o país a partir do dia 18 de agosto. O visto deve ser emitido presencialmente nos consulados e embaixada no Brasil.
Para a presidente da Abav Nacional, Magda Nassar, e o presidente executivo da Abracorp, Gervásio Tanabe, a medida deve impactar a procura pelo destino por brasileiros.
Para a presidente da Abav Nacional, Magda Nassar, e o presidente executivo da Abracorp, Gervásio Tanabe, a medida deve impactar a procura pelo destino por brasileiros.
"Este visto é um incômodo extra quando deveríamos estar tendo todas as facilitações possíveis no mundo inteiro, já que vivemos um momento de retomada das vendas depois da pandemia. Um entrave desses é um retrocesso absurdo e, muito mais do que prejudicial para o trade, é prejudicial para o destino, que é um destino parceiro, que investiu no Brasil, que sabe o valor do viajante brasileiro, e que tem um bom volume de vendas. E vai ser prejudicado. Não podemos esquecer que o mundo é grande, existem outras ofertas. O passaporte brasileiro é muito bem aceito, e os brasileiros são muito bem aceitos em vários países. Quem tem de repensar isso é o México, porque eles perdem muito. Para nós é mais um entrave, mas para eles é uma perda de receita bastante significativa, já que a escolha por outros destinos que não requerem visto, virá em primeiro lugar", explicou Magda Nassar.Tanabe também acredita no impacto negativo, principalmente no lazer, mas com reflexos no corporativo, que tem o bleisure como tendência. "Qualquer dificuldade imposta prejudica, em um primeiro momento, os planos do viajante. Temos hoje uma dinâmica um pouco diferente nas viagens. Então, qualquer exigência adicional é um dificultador. Essa exigência, confirmando-se, prejudica tanto o lazer quanto o corporativo. Nem todos tem o visto americano ou canadense, especialmente familiares e crianças. Nesse sentido, o impacto maior é no lazer. Mas o corporativo também é impactado, porque dentro das mudanças nas dinâmicas das viagens corporativas, o bleisure tornou-se um modelo relevante. O viajante agora aproveita para levar a família em uma viagem corporativa, quer seja numa reunião de negócios ou evento. Logo, ele poderia levar a esposa e filhos em uma viagem ao México. Agora, com a exigência do visto, isso torna-se mais complicado e custoso. O México é um importante destino turístico do brasileiro. Com certeza tende a reduzir a procura, se mantida essa regra", afirmou o presidente executivo da Abracorp.