Da Redação   |   02/07/2021 12:00

Internações por covid-19 têm queda significativa no Rio

A taxa de ocupação dos leitos no Rio de Janeiro caiu de 96% para 77% nas últimas cinco semanas


Pixabay
Em junho, houve uma redução de 44% nas mortes causadas pela covid-19
Em junho, houve uma redução de 44% nas mortes causadas pela covid-19
DA AGÊNCIA BRASIL


As internações por covid-19 na cidade do Rio de Janeiro tiveram uma queda expressiva e há três semanas não há fila de espera por um leito. A taxa de ocupação dos leitos de covid-19 caiu de 96% para 77% e a redução no número de pacientes internados foi de 27,5%. Os dados foram divulgados hoje (2), durante a apresentação do boletim epidemiológico da prefeitura.

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, o atendimento por síndrome respiratória aguda grave (SRAG) na rede de urgência e emergência da cidade está com estabilidade e tendência a leve queda, apresentando redução no número de casos confirmados de covid-19 nas últimas cinco semanas e de óbito em dez semanas, com uma redução de 44% nas mortes causadas pelo novo coronavírus em junho, na comparação com maio.

A proporção de pessoas internados por faixa etária segue a tendência de diminuição no número de idosos e avança à medida que os grupos são vacinados. No momento, a maior parte das internações está na faixa de 40 a 59 anos.

Apesar da melhora nos indicadores, com apenas 18 internações por covid-19 registradas ontem (1º), o secretário, Daniel Soranz, alerta que a cidade ainda está com alta transmissão da doença, tendo o inverno como fator de agravamento no quadro, e ainda não é possível retirar as medidas restritivas e preventivas.

“É preciso ter cautela, porque ainda temos um nível de transmissão muito alto na cidade. É muito importante que as pessoas vejam que é uma boa notícia, as vacinas estão funcionando. Mas é o momento de segurar, de usar máscara, evitar se aglomerar, evitar qualquer tipo de exposição desnecessária, porque ainda temos muitos casos de covid-19 circulando na cidade”.

O mapa de risco apresenta melhoria depois de seis semanas estáveis no risco alto. Agora, cinco das 33 áreas avançaram para o risco moderado de transmissão: zona portuária, Penha, Ilha do Governador, Santa Teresa e Vigário Geral. Porém, o decreto com as medidas restritivas teve a validade prorrogada até o dia 12 de julho.

Permanece suspenso o funcionamento de boates, danceterias e salões de dança, assim como a realização de festas que necessitem de autorização transitória, em áreas públicas e particulares. As academias de ginástica, bares, lanchonetes, restaurantes, shoppings, centros comerciais, galerias de lojas, museus, bibliotecas, cinemas, teatros, casa de festas, recreação infantil, parque de diversões e espaços turísticos devem atender as regras de ocupação máxima e distanciamento mínimo.

Vacinação
O município já aplicou mais de 4 milhões de doses da vacina contra a covid-19, sendo que 3.044.075 de pessoas receberam a primeira dose e mais de 1 milhão completaram o esquema vacinal. A vacina Janssen, de dose única, foi aplicada em 47.295 e outras 980.617 já receberam as duas doses da Coronavac ou da AstraZeneca/Fiocruz, cobrindo 19,5% da população acima de 18 anos com a imunização completa.

Segundo Soranz, a vacinação com a primeira dose já cobriu 94% da população de 50 a 59 anos e 90% de 40 a 49 anos, faixa que será completada na semana que vem. De acordo com o secretário, o calendário pode ser acelerado de acordo com as doses recebidas do Ministério da Saúde.

“Em junho, aplicamos mais que o dobro de vacinas do que no mês de março. F foram 854 mil doses. O aumento de doses recebidas e aplicadas foi o que, de fato, gerou o aumento na velocidade do calendário. Recebemos 154 mil doses a mais do que estava programado.Temos uma capacidade operacional de aplicação muito superior do que a quantidade de doses que estamos recebendo. É claro que, com mais doses, poderíamos avançar ainda mais nesse calendário.”

O calendário prevê, para a semana que vem, a vacinação das pessoas de 42 a 40 anos. Na segunda-feira (5) devem ir aos postos as mulheres de 42 anos e na terça-feira (6) os homens dessa idade. A quarta-feira (7) foi reservada para a faixa de 41 anos, sendo mulheres pela manhã e homens à tarde.

Na quinta-feira (8) será a vez das mulheres de 40 anos, na sexta-feira (9) dos homens dessa idade e no sábado, a repescagem para todas as pessoas com 40 anos ou mais.

Repescagem
A prefeitura alerta que os dias de repescagem - para quem perdeu o seu dia de tomar a primeira dose - vão começar a ficar menos frequentes. Amanhã (3) e no dia 6 poderão comparecer aos postos as gestantes, puérperas e lactantes. Na semana de 12 a 17 de julho serão imunizados as pessoas de 39 a 37.

Ao todo, 89.865 não tomaram a segunda dose na data correta, o que corresponde a 4% do total. A partir da próxima semana começa a ser aplicada a segunda dose da AstraZeneca/Fiocruz, vacina que teve a aplicação iniciada há 12 semanas. A prefeitura espera cobrir, nos próximos 15 dias, o esquema vacinal de todos os maiores de 60 anos.

O secretário de Saúde informa que, com o avanço do calendário, a prefeitura estuda a possibilidade de vacinar os adolescentes de 12 a 17 anos ainda em agosto, a depender do envio de doses. Sobre a possibilidade de se aplicar uma terceira dose nos idosos, que foram vacinados primeiro e estudos indicam que a efetividade da vacina neles pode ser menor, o secretário afirma que a discussão está ocorrendo no mundo todo e o Rio de Janeiro tratará do assunto após completar a imunização de toda a população adulta e adolescente.

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