Filip Calixto   |   03/09/2020 10:56
Atualizada em 03/09/2020 10:57

Região hoteleira não foi alcançada por queimadas no Pantanal

Fundação de Turismo do Mato Grosso do Sul afirma que hotelaria está com rotina normal.

Dados do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) mostram que o Pantanal teve em agosto o seu segundo maior número de queimadas de sua história, desde o início do monitoramento. A proliferação das chamas, contudo, não afetou a região pantaneira de pousadas e hotéis fazenda de Mato Grosso do Sul, conforme revela a Fundação de Turismo do Estado.

De acordo com a fundação, os focos de incêndio estão localizados no Pantanal do Estado vizinho, Mato Grosso, e em parte da Serra do Amolar, extremo norte do MS.
Divulgação
Pantanal teve em agosto o seu segundo maior número de queimadas de sua história, segundo dados Inpe
Pantanal teve em agosto o seu segundo maior número de queimadas de sua história, segundo dados Inpe
Segundo informa a presidente da Associação Visit Pantanal, Cristina Moreira, que representa empresários das pousadas pantaneiras de Miranda, Aquidauana e Corumbá, as notícias divulgadas não explicam sobre as regiões pantaneiras e geram confusão. "Estamos acompanhando a situação triste das queimadas de parte do Pantanal, mas estamos longe delas. É difícil para as pessoas que não conhecem a região entenderem que o Pantanal está localizado em dois Estados diferentes aqui no Brasil, no Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, e a distância entre eles é grande. E aqui na região das pousadas pantaneiras do Mato Grosso do Sul não há focos de incêndio, todos trabalham com rígidos protocolos de biossegurança e os turistas podem viajar sem preocupação", afirma.

Cristina ainda explica que nos Estados de MS e MT existem dez "Pantanais" diferentes, que são microrregiões com características específicas. "Muitas vezes, turistas viajam para Bonito e Bodoquena (no Mato Grosso do Sul), querem aproveitar para ir ao Pantanal e acabam fazendo reserva para pousadas pantaneiras no Mato Grosso (Poconé, por exemplo). São cerca de 1,2 mil quilômetros entre esses dois destinos. O melhor seria se eles ficassem no Pantanal aqui de Miranda, Aquidauana ou Corumbá, onde a distância é de cerca de 100 ou 200 quilômetros apenas. Estamos sempre trabalhando para que essa confusão não ocorra, pois pode gerar transtornos e até cancelamentos de viagens que foram muito esperadas pelos turistas".

Filip Calixto
Bruno Wendling
Bruno Wendling
Para o diretor-presidente da Fundação de Turismo de Mato Grosso do Sul, Bruno Wendling, a situação das queimadas no Pantanal da Serra do Amolar e do Mato Grosso são preocupantes e está causando prejuízos ao Estado vizinho. "É muito triste e lamentável que parte do Pantanal venha sofrendo essas queimadas, felizmente não é em todo o território pantaneiro. Mas também nos preocupamos que as notícias falem de forma geral e acabam prejudicando as áreas turísticas que não estão sendo afetadas pelo fogo", aponta.

"Sabemos que para a maioria das pessoas de fora dos Estado, o Pantanal é um só e isso acaba gerando confusão na hora de programar uma viagem. Por isso estamos trabalhando para informar que o turismo no Pantanal de Mato Grosso do Sul está funcionando de forma segura, inclusive com a adoção dos devidos protocolos sanitários contra a disseminação do novo coronavírus", completa Wendling.

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