2º escalão da Europa cresce mais que destinos tradicionais
Entre as causas, superlotação de principais aeroportos, preço mais acessível com low costs e momento turístico em que conhecer destinos desconhecidos virou moda
Os destinos europeus considerados de segundo escalão estão crescendo mais em viajantes e em capacidade do que as cidades mais visitadas. De acordo com estudo revelado nesta semana pela Forward Keys, a oferta de voos para aeroportos europeus menores cresceu em 2018 muito mais que os dez maiores aeroportos do continente, onde a taxa de crescimento é consideravelmente mais lenta.
Isso seria resultado, de acordo com o estudo, de uma somatória de fatores. São eles a crescente pressão nos principais aeroportos europeus (Heathrow, em Londres, é um exemplo), a curiosidade humana em descobrir novos lugares e sair de destinos já batidos, e ainda o sucesso das companhias aéreas low costs, que tem sido capazes de aumentar o turismo em locais antes menos visitados ao atrair viajantes com preços acessíveis.
E os exemplos em números são claros, com destaque para a Europa Central e Oriental, onde a oferta de voos regionais cresceu 12,7% neste ano. No sul da Europa, o crescimento foi de 8,8%; na Europa Ocidental, de 5,4%, e no norte da Europa, de 3,0%. Os países que mais cresceram no ano em oferta foram Geórgia (23%), Ucrânia (18%), Polônia (17%) e Letônia (16%), todos no lado oriental do continente.
“Viagens de baixo custo estão constantemente aumentando sua participação de mercado e impulsionando uma grande expansão regional e transatlântica. A tendência de expansão regional parece irresistível e muitos destinos europeus já estão enfrentando até os problemas do 'overtourism', como em Barcelona e Dubrovnik", refletiu o CEO da Forward Keys, Olivier Jager.