Otimizar a capacidade e focar no produto; veja estratégia da Costa no Brasil
Executivos da companhia destacaram as modernizações feitas nos navios da frota

BALNEÁRIO CAMBORIÚ (SC) - O Brasil está entre os mercados mais estratégicos para a Costa Cruzeiros a nível mundial, de acordo com o VP Sales Worldwide da empresa, Luigi Stefanelli.
"O Brasil é um dos principais mercados emissores para a Costa e estamos operando aqui há mais de 70 anos. Não se trata apenas de legado, confiança e relacionamento, mas também, e obviamente, de números", afirma Stefanelli.
"Ao longo dos anos desenvolvemos novos conceitos dedicados a este País, alocando mais capacidade. Isso é um sinal claro de compromisso da empresa com o Brasil".
Quanto aos navios, a empresa decidiu, como parte de sua estratégia, manter uma frota estável, permanecendo com os navios que tem, segundo Luigi.
"Mas ao mesmo tempo, após a covid-19, todos os navios da Costa passaram por uma reforma, nenhum ficou de fora. Mesmo que não tenhamos introduzido novos navios em nossa frota, investimos forte na capacidade atual", destaca.
"Fazemos isso porque precisamos equilibrar a demanda e a oferta. Analisamos o cenário internacional de nossa oferta de cruzeiros (é evidente que nosso core é a Europa), enquanto no Brasil houve um aumento significativo de investimento na capacidade. Então, nossa decisão foi manter a capacidade e focar no produto", conta o executivo, afirmando que a companhia fez isso de duas formas:
- Investindo nos navios e em suas modernizações;
- Investindo em serviços, como gastronomia, excursões e afins. "Exemplo disso é que foi feito um redesenho de 360 graus de toda a experiência do cliente a bordo do navio. Esse é o nosso plano estratégico", conta.

Novos portos para o embarque
Com o tema de novos portos, Luigi afirma que a Costa está sempre olhando oportunidades.
"No Caribe adicionamos Santo Domingo como um porto de embarque e estamos constantemente analisando onde podemos agregar valor".
O presidente executivo da Costa Cruzeiro nas Américas, Dario Rustico, também destaca o trabalho feito pela Clia Brasil (onde ele atua como presidente do Conselho) em relação aos portos.
"Santa Catarina é o foco do momento e está crescendo muito no interesse. Houve também a abertura de Balneário Camboriu e Itajaí, que estão criando muita demanda no Sul do Brasil", afirma Rustico.
"Mas não se resume a isso. Há muitas outras escalas que estamos considerando junto às autoridades. Florianópolis está avaliando como virar um porto, não apenas como um destino, mas também como porto de embarque. Obviamente, isso exige uma análise técnica detalhada. Penha é outro local Santa Catarina e há ainda Portobello como possibilidade", conta.
Segundo o executivo, há uma oportunidade de crescimento e ampliação do número de portos no futuro. "Estamos trabalhando com Vitória, realizamos estudos com a USP e fazemos simulações para entender, junto com as autoridades, como aumentar as opções de destinos. No entanto, o principal foco hoje é compreender não apenas a demanda atual, mas também as necessidades dos navios no futuro. Não podemos olhar para os destinos com a mesma visão de dez, 15 ou 20 anos atrás. Precisamos considerar as exigências atuais e futuras das embarcações"
O Portal PANROTAS viaja a convite da Costa Cruzeiros, com proteção GTA.