O que falta para o Brasil ter mais navios nas temporadas de cruzeiros?
Costa Cruzeiros, MSC Cruzeiros, Norwegian Cruise Line e Royal Caribbean participam do 6º Fórum Clia Brasil
BRASÍLIA (DF) - As armadoras Costa Cruzeiros, MSC Cruzeiros, Norwegian Cruise Line e Royal Caribbean participaram do painel State of The Cruise Industry, no 6º Fórum Clia Brasil, em que discutiram o que falta para o Brasil receber mais navios nas temporadas de cruzeiros.
MSC e Costa, as únicas dentre as quatro que atuam no Brasil com navios de cabotagem, apontam alguns desafios. Dario Rustico, presidente executivo para as Américas da Costa Cruzeiros, destaca que por aqui o pensamento é muito focado no curto prazo. "Falta um pouco de uma visão de futuro. Estabelecer uma meta do que precisamos para chegar onde queremos", apontou.
Adrian Ursilli, diretor Geral da MSC Cruzeiros no Brasil, citou insegurança jurídica, alto custo de operação no Brasil e as burocracias presentes no País, que não está de acordo com uma "norma" internacional. "É um trabalho árduo que a Clia e associados vêm fazendo há anos: uniformizar o processo ao que o resto do mundo vê", afirmou.
Para Estela Farina, diretora geral da Norwegian Cruise Line no Brasil, é sempre importante cogitar o Brasil como um destino de cruzeiro, já que possui uma costa volumosa, mas quando se comparam custos e estrutura com o Exterior, é onde moram os desafios. "Estamos expandindo cruzeiros na África, no sudeste asiático e Austrália. São navios que poderiam estar em muitos lugares, inclusive no Brasil, mas existem dificuldades de competitividade", lamentou.
André Pousada, vice-presidente Regional de Relações Governamentais para América Latina do Grupo Royal Caribbean, acrescenta que a empresa trabalha em países com muito menos potencial que o Brasil e que possui um trabalho efetivo. "A questão trabalhista por aqui é muito importante. São vários pontos, não só infraestrutura", finalizou.