Mais de 31 milhões de pessoas realizaram cruzeiros no mundo em 2023
Brasil registrou 740,5 mil cruzeiristas no período, aumento de 30% em comparação a 2019
A Clia (Cruise Lines International Association) acaba de divulgar o “State of the Cruise Industry Report 2024”, que mostra que a procura por viagens de cruzeiro ultrapassou os níveis pré-pandêmicos em 2023, com 31,7 milhões de pessoas viajando de navio em todo o mundo, quase dois milhões a mais que em 2019. No Brasil, o crescimento foi ainda maior, com aumento de 30% desde 2019, passando de 567,5 mil para 740,5 mil cruzeiristas no período.
O relatório global também mostra que esse número recorde de pessoas embarcadas deve crescer, já que a demanda por cruzeiros de férias é contínua. Segundo a entidade, 82% dos cruzeiristas que já navegaram desejam fazer cruzeiros novamente, e 71% dos viajantes internacionais têm a intenção de fazer o seu primeiro cruzeiro.
Outro indicador que mostra a força da indústria de cruzeiros é que esse tipo de viagem cresceu mais que o Turismo em geral. Enquanto as viagens de cruzeiro atingiram 107% dos níveis de 2019 em 2023, o Turismo internacional chegou a um volume 12% menor do que em 2019. Dessa forma, se seguir a tendência atual, até 2027 a previsão é de que os cruzeiros alcancem o patamar de praticamente 40 milhões de passageiros embarcados no ano.
Em relação ao aumento da oferta de cruzeiros, as companhias que fazem parte da Clia devem inaugurar oito navios até o final de 2024. Além disso, a previsão é que a capacidade mundial de cruzeiros (número de leitos oferecidos) deve crescer em 10% entre 2024 e 2028, com a expectativa da indústria de receber 56 navios e 121 mil novos leitos.
“Nos últimos 50 anos, o Turismo de cruzeiros demonstrou sua liderança, além de ser um setor que tem muito espaço para um crescimento contínuo, já que representa apenas 2% do total de viagens e turismo", disse a presidente e CEO da associação, Kelly Craighead. "O setor também continua liderando o caminho da sustentabilidade ambiental e da administração de destinos, com as empresas de cruzeiros fazendo avanços em tecnologia, infraestrutura e operações”, completou.
Os destaques do relatório State of the Industry 2024 da Clia incluem:
- O Turismo de cruzeiros atingiu 107% dos níveis de 2019 em 2023, com 31,7 milhões de passageiros navegando – quase dois milhões a mais do que em 2019;
- A previsão para 2024 é de 35,7 milhões de passageiros de cruzeiros;
- A intenção de fazer um cruzeiro é 6% maior do que em 2019, sendo os millennials os viajantes de cruzeiro mais entusiasmados do futuro;
- Prevê-se que a capacidade global de cruzeiros cresça de 677 mil leitos em 2024 para 745 mil leitos em 2028;
- A cada ano, a frota se torna mais eficiente, pois as empresas de cruzeiros investem em tecnologias de propulsão com recursos de conversão para futuros combustíveis alternativos e utilizam uma série de tecnologias e inovações para avançar em suas iniciativas de sustentabilidade.
Em 2022, os cruzeiros geraram:
- US$ 138 bilhões para a economia global;
- 1,2 milhão de empregos – um aumento de 4% em relação a 2019;
- US$ 43 bilhões em salários;
- 63% das pessoas que fizeram um cruzeiro dizem que retornaram a um destino que visitaram pela primeira vez por meio de um navio de cruzeiro para uma estadia mais longa, ampliando o impacto econômico.
Para 2023, a previsão é de que o impacto econômico seja ainda maior, dado o aumento de 50% no número de passageiros que viajarão em 2023 em comparação com 2022.
“A indústria de cruzeiros está em constante crescimento em todo o mundo e ver o Brasil em destaque neste relatório mostra o potencial do País. Estamos prestes a encerrar mais uma temporada de sucesso, mas existe uma grande preocupação com a competitividade do nosso país frente aos outros destinos que estão se destacando globalmente. Para acompanhar o crescimento mundial e não apenas atrair os novos navios que estão em construção, mas também não perder os que já estão por aqui, o Brasil precisa urgentemente melhorar os custos de operação, infraestrutura, regulação e desenvolvimento de novos destinos”, enfatizou o presidente da Clia Brasil, Marco Ferraz.
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