Victor Fernandes   |   07/12/2023 15:43

Marco Ferraz (Clia) compartilha oportunidades de cruzeiros para agentes

Presidente da entidade também deu panorama geral sobre a indústria durante Abav MeetingSP


PANROTAS / Emerson Souza
Marco Ferraz, presidente da Clia Brasil
Marco Ferraz, presidente da Clia Brasil

Na tarde desta quinta-feira (7), o Abav MeetingSP deu continuidade à sua programação com apresentação de Marco Ferraz, da Clia Brasil, sobre a indústria de cruzeiros e as oportunidades de negócios para os agentes de viagens. O conteúdo no evento da Abav-SP | Aviesp veio após painel de companhias aéreas, com direito à debate acalorado sobre taxa de atendimento da Gol; e palestra sobre impactos da reforma tributária.

Um dos principais destaques da apresentação de Ferraz foi sobre o comissionamento para agências de viagens referente apenas à temporada de cruzeiros. Nos cruzeiros realizados entre 2022 e 2023, foram R$ 139,7 milhões em comissão, crescimento de 465,6% em relação aos R$ 24,7 milhões de 2021/2022, temporada ainda muito afetada pela pandemia e pela remarcação de cruzeiros não realizados; e crescimento de 87,5% em relação aos R$ 74,5 milhões de 2019/2020, última temporada antes da crise de saúde global.

Na temporada 2022/2023 do Brasil, foram 802.758 passageiros, quase superando o recorde de 805 mil passageiros, que Marco Ferraz espera ser superado nesta temporada 2023/2024, que terá grandes números, de acordo com a Clia. Confira abaixo.

  • 9 navios;
  • 872.999 leitos totais;
  • 195 dias de temporada;
  • 17 destinos;
  • 201 roteiros;
  • 751 paradas;
  • 80 mil empregos gerados;
  • e impacto econômico de R$ 5,1 bilhões.

Além disso, a Clia Brasil projeta 121 mil leitos adicionais até 2028 se comparado com 2022 e quatro milhões de cruzeiristas a mais em 2025.

Potencial do Brasil

Com 44,2% de sua oferta no Caribe, a Clia conta apenas com 2,1% da sua oferta no Brasil. Isso porque a associação representa 90% de todos os navios de cruzeiros. Marco Ferraz apontou como exemplo que o "Alasca (5,7%), um Estado, tem mais do que 2,5 vezes o que temos de passageiros na América do Sul (2,1%), que também perde para a Austrália (2,4%)".

"Durante os últimos anos, perdemos navios para Cuba, Austrália, Alasca, porque nesses lugares o cenário era muito positivo enquanto aqui batalhamos em melhores condições para a indústria. Nosso sonho é não ter mais uma temporada de cruzeiros e sim ter navios durante o ano todo no Brasil e América do Sul".

Marco Ferraz, presidente da Clia Brasil


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