Cruzeiros têm queda de 59% na contribuição econômica em 2020

A Clia divulgou ontem (27) o Relatório de Perspectiva da Indústria de Cruzeiros 2022. O estudo anual mostra como a indústria retomou com responsabilidade, seguindo protocolos comprovados, e destaca o valor do Turismo de cruzeiro para comunidades locais e economias nacionais globalmente. Os dados apontam que a contribuição econômica da indústria para a economia mundial caiu cerca de 59%, ou seja, um total de US$ 63,4 bilhões.

Segundo a pesquisa, quando comparado com 2019, a suspensão das operações de cruzeiros resultou em uma queda de 81% nos embarques de passageiros em 2020, com apenas 5,8 milhões de cruzeiristas embarcados.

A geração de novos postos de trabalho no segmento também foi impactada, registrando uma queda de 51%, indo para 576 mil. Ainda segundo o relatório, os turistas de cruzeiros e o dinheiro que gastam criam empregos para as comunidades locais: a cada 24 cruzeiristas, uma vaga de emprego integral é gerada.

Já na parte destinada aos gastos dos passageiros, o estudo indica que os cruzeiristas gastam uma média de US$ 750 por pessoa nas cidades portuárias ao longo de um cruzeiro de sete dias. Além disso, 6 em cada 10 viajantes que fizeram um cruzeiro dizem que retornaram a um destino que visitaram pela primeira vez via navio.

De acordo com a Clia, cerca de 75% da capacidade dos cruzeiros já foi retomada e quase 100% está prevista para voltar às operações até agosto deste ano. No Brasil, a temporada segue suspensa até pelo menos 4 de fevereiro, devido à alta de casos de covid-19 a bordo.

“O relatório oferece uma oportunidade para refletir sobre até que ponto nossa indústria chegou, pois as linhas de cruzeiros oceânicos da Clia receberam mais de seis milhões de passageiros a bordo desde a retomada das operações em julho de 2020. Enquanto nosso foco em segurança permanece absoluto, nossa indústria também está liderando o caminho em sustentabilidade ambiental e gestão de destinos”, disse a presidente e CEO da entidade, Kelly Craighead.