Costa e MSC Cruzeiros suspendem temporada de navios no Brasil até 21/1
Empresas e Clia Brasil querem alinhamentos com autoridades, especialmente a Anvisa

A Clia Brasil, presidida por Marco Ferraz, que emitiu comunicado no final de semana discordando da recomendação da Anvisa, afirma em nota divulgada hoje que iniciou conversações urgentes com instituições como os Ministérios da Saúde, Turismo, Infraestrutura, Casa Civil, Anvisa e autoridades locais de Estados e municípios onde os navios operam para rediscutir as questões em relação a aplicação das normas e o novo cenário.
Há uma corrente que apoia a intensificação dos protocolos, por exemplo com a testagem regular de 100% da tripulação e não apenas 10% por dia.
“Nas últimas semanas, as duas companhias de cruzeiros afetadas experimentaram uma série de situações que impactaram diretamente as operações nos navios, tornando a continuidade dos cruzeiros neste momento impraticável. Além disso, a incerteza operacional causou inconvenientes significativos para os hóspedes que contavam com suas férias no mar com rígidos protocolos de segurança”, informa a Clia Brasil.
Os cruzeiros atuais vão finalizar os seus itinerários conforme planejado, mas as próximas saídas somente depois de 21 de janeiro.

Como sabemos, a pandemia não acabou e as medidas são para dar maior segurança a passageiros e tripulantes, mas mesmo tendo 100% de vacinados a bordo, o vírus pode circular e o sucesso está nas medidas após essa identificação. Os casos, segundo a Clia, têm sido leves ou sem sintomas e os passageiros são isolados em cabines com varanda.
A temporada atual, que começou em novembro de 2021, tem previsão de movimentar mais de 360 mil turistas, com impacto de R$ 1,7 bilhão, além da geração de 24 mil empregos.

• Vacinação completa obrigatória para hóspedes e tripulantes (elegíveis dentro do Plano
Nacional de Imunização).
• Testagem pré-embarque (PCR até três dias antes ou Antígeno até um dia antes da viagem).
• Testagem frequente de, no mínimo, 10% das pessoas embarcadas e tripulantes.
• Capacidade reduzida a bordo para facilitar o distanciamento social de 1,5m entre os grupos e permitir a distribuição de cabines reservadas para isolar casos potenciais.
• Uso obrigatório de máscaras.
• Preenchimento de formulário de saúde pessoal (DSV – Declaração de Saúde do Viajante).
• Ar fresco sem recirculação, desinfecção e higienização constantes.
• Plano de contingência com corpo médico especialmente treinado e estrutura com modernos recursos para atendimento dos hóspedes e tripulantes.
• Medidas de rastreabilidade e comunicação diária com a Anvisa, municípios e Estados.