Filip Calixto   |   26/02/2021 15:40

NCL Holdings fecha 2020 com queda de 80% em receitas

A NCHL obteve US$ 1,3 bilhão em receitas ao longo de 2020, em 2019 o índice foi de US$ 6,5 bilhões

A Norwegian Cruise Line Holdings (NCLH) divulgou ontem (25) os resultados financeiros do último trimestre de 2020 e com ele um balanço sobre o desempenho da empresa ao longo do ano. No índice geral, a companhia informou que receita diminuiu 80,2%, caindo de US$ 6,5 bilhões obtidos em 2019 para US$ 1,3 bilhão arrecadado no ano seguinte. O resultado adverso é atribuído aos efeitos da pandemia de covid-19 pelo mundo e aos muitos cancelamentos de viagens. Essa realidade resultou em redução de 78% no total de dias navegados pelas embarcações das empresa.

Divulgação
Os navios Regent são parte do portfólio NCLH
Os navios Regent são parte do portfólio NCLH
Ainda ressaltado no resumo do ano, a NCLH (que controla as marcas Regent, Oceania Cruises e NCL) informa que prejuízo líquido ajustado de US$ 2,2 bilhões e que a paralização nas viagens resultou em redução de 53% nas despesas operacionais numa comparação com o ano completo de 2019.

Sobre os planos para 2021, a companhia comunica que, ainda por consequência da pandemia, terá um primeiro trimestre de perdas mas ainda assim acredita na volta das viagens ao longo do ano.

“Embora 2020 tenha sido, sem dúvida, o ano mais desafiador nos mais de 50 anos de história da empresa, nossa equipe respondeu ao ambiente sem precedentes com uma ação rápida e decisiva. Demonstramos mais uma vez adaptabilidade e resiliência, enfatizando o compromisso e a dedicação inabaláveis dos membros de nossa equipe em todo o mundo", afirma o presidente e diretor executivo da Norwegian Cruise Line Holdings, Frank Del Rio. “Olhando para o futuro, estamos encorajados pelo lançamento acelerado de vacinas, o progresso em direção à imunidade coletiva e a forte demanda por férias em cruzeiros futuros”, completa.

PLANO DE AÇÃO FINANCEIRA
A NCLH promete também que vai continuar tomando medidas rápidas para mitigar os impactos financeiros e operacionais da pandemia. Este planejamento de ação, que consiste em redução de custos e estratégias para alavancar o caixa, inclui a redução das despesas operacionais e de capital. A ideia com isso é honrar as dívidas pendentes e garantir capital adicional.

Em 31 de dezembro de 2020, a posição de dívida total da empresa era de US$ 11,8 bilhões e o caixa e equivalentes de caixa comam US$ 3,3 bilhões.

Algumas ações, que estão valendo desde o final de setembro, foram tomadas para aumentar a liquidez da companhia e reduzir os prejuízos. Entre elas, o levantamento de US$ 824 milhões em taxas de subscrição; correção de contratos de crédito garantidos por agências de exportação; reduções e adiamentos com despesas de marketing de curto prazo e despesas de capital não essenciais; extensões de reduções salariais e licenças para alguns membros da equipe em terra; e reavaliação de pagamentos relacionados à construção de aproximadamente € 220 milhões até 31 de março de 2022.

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