Leonardo Ramos   |   06/03/2018 12:53

Veja o perfil dos cruzeiros de luxo representados pela Pier 1

Crystal Cruises, Silversea, Seadream, Seabourn e Uniworld: as cinco companhias de cruzeiro de luxo representadas pela Píer 1 comentam seus produtos durante Cruise Experience, em SP


Emerson Souza
Jean Saraiva, da Silversea; Betriz Camargo, da Uniworld; Thiago Vasconcelos, da Pier 1; Tati Simões, da Seadream; Marshall Livingston, da Seabourn; e Geber Aleixo, também da Seadream
Jean Saraiva, da Silversea; Betriz Camargo, da Uniworld; Thiago Vasconcelos, da Pier 1; Tati Simões, da Seadream; Marshall Livingston, da Seabourn; e Geber Aleixo, também da Seadream
O primeiro dia do Cruise Experience, evento promovido nesta segunda (5) pela Pier 1 Cruise Experts, teve executivos das cinco companhias representadas pela empresa - Crystal Cruises, Silversea, Seadream, Seabourn e Uniworld - apresentando as especificidades de seus produtos para os cerca de 30 agentes presentes; dentre eles, os dez premiados como maiores vendedores da Pier 1.

"O objetivo é que os agentes compreendam a fundo cada tipo de produto oferecido por essas empresas; assim, na hora de negociar com um cliente, sabe exatamente qual serviço e qual marca indicar", explicou o diretor executivo da Pier 1, Thiago Vasconcelos.

Confira abaixo um pouco do que os executivos de cada uma das cinco companhias apresentaram no evento:

CRYSTAL CRUISES
Emerson Souza
Juliana Schmidt, da Crystal Cruises, não esteve presente no evento, mas uma gravação sua foi transmitida
Juliana Schmidt, da Crystal Cruises, não esteve presente no evento, mas uma gravação sua foi transmitida
A Crystal se divide em três segmentos principais: cruzeiros marítimos (Crystal Cruises), fluviais (Crystal River Cruise) e de iates (Crystal Yacht Expedition Cruises), com cada um deles carregando peculiaridades específicas. A começar pelo mais tradicional da rede, Crystal Cruises. Mais formal que os outros, conta com duas noites formais a cada viagem em que é obrigatório traje 100% social durante os jantares.

Mesmo assim, é indicado para uma série de perfis diferentes. Segundo a diretora da rede para América Latina e Caribe, Juliana Schmidt, “a recomendação vai para todos os tipos de famílias, até com crianças pequenas: salas de jogos e baby-sitters estão disponíveis nos nossos navios. Além disso, não faltam opções de espaços de entretenimento para outros perfis, como cinemas, salas para jogar cartas, discoteca, dança de salão e boates. É bom para todas as idades, famílias multi-geracionais mesmo”.

Já o Crystal River Cruises foca em um estilo mais “casual” segundo Juliana, sem a obrigação de trajes formais nos jantares; o destaque dele fica para experiências oferecidas nos destinos que passa, exclusivos apenas para hóspedes, como no caso de bicicletas elétricas. Por outro lado, “não é recomendado para pessoas com pouca mobilidade (crianças pequenas e idosos), pois tem muitas saídas e atividades nos múltiplos destinos”.

O Crystal Yatch, por fim, é recomendado para viajantes de 30 a 65 anos. É descrito por Juliana como um “ambiente elegante e mais despojado”, onde são permitidos trajes como bermudas durante os jantares (desde que com sapato fechado). Assim como nos cruzeiros fluviais, é recomendável para “pessoas jovens e mais ativas, pois não tem elevador, e o barco para em muitos destinos”

SEABOURN
Emerson Souza
Marshall Livingston, diretor internacional de Vendas da Seabourn
Marshall Livingston, diretor internacional de Vendas da Seabourn
Segundo Marshall Livingston, diretor internacional de Vendas da rede, o foco da empresa é majoritariamente “aposentados acima de 65 anos, com renda anual de US$ 250 mil e com patrimônio na casa dos US$ 3 milhões, para cima”, explicou.

Mesmo assim, destacou um segundo, e crescente perfil de clientes da empresa. Mais jovens – entre os 45 e 64 anos – e com relativamente menos dinheiro em caixa (algo em torno dos US$ 1 milhão), se trata de um público em ascensão e que busca experiências de luxo.

“Hoje em dia o cliente busca mais experiências únicas do que itens de luxo em si. Assim, focamos em sempre ter um atendimento que exceda as expectativas de nossos hóspedes, como, por exemplo, deixar taças de champagne em seus quartos para pegá-los de surpresa; algo simples, mas que faz a diferença na experiência do cruzeirista”, comentou ainda Livingston, que dá uma dica final: “quem for em um dos nossos navios precisa ir nas hot tubs (jacuzzis) da proa, onde você pode tirar um ótimo momento para relaxar na viagem”.

SEADREAM
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Gebert Aleixo e Tati Simões, que representam a Seadream no Brasil
Gebert Aleixo e Tati Simões, que representam a Seadream no Brasil
A companhia fundada em 2001 conta com dois iates idênticos para viajantes de luxo, com 66 cabines cada.

“É uma atmosfera de arte, muito casual e despojada. Por ser mais reservado, com uma capacidade limitada de cruzeiristas, se trada de um ambiente muito mais intimista e exclusivo, não só entre passageiros, mas também com a própria tripulação”, explicou Tati Simões, diretora de Vendas da empresa para o Brasil.

“Não tem horário fixo, as refeições são qualquer horário, não tem dress code obrigatório – a tripulação pede apenas aos homens que usem calça e sapatos fechados nos jantares”, acrescenta o também diretor de Vendas da companhia no País, Gebert Aleixo.

Segundo ambos os executivos, os iates da Seadream têm foco em uma faixa etária menor do que a média de navios de luxo, principalmente devido à rotina neles, com atividades esportivas – como yoga e jet-skis – e muitas saídas para destinos. “Por sermos de menor porte, temos a possibilidade de chegar a portos pequenos, onde grandes navios não têm a mobilidade para chegar. Um exemplo é a parada de Portofino, na Itália, onde outras embarcações não chegam”, acrescentou Aleixo.

Tati destacou, por fim, a personalização do atendimento a bordo dos iates: “Tudo que é oferecido tem caráter de exclusividade. Por serem poucas pessoas, é possível que os tripulantes decorem os nomes de todos os hóspedes. Experimentar as camas de casal externas, onde se pode dormir sob as estrelas no deck do iate, é um dos diferenciais”, finalizou.

UNIWORLD
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Beatriz Camargo, diretora comercial da Uniworld
Beatriz Camargo, diretora comercial da Uniworld
“Um cruzeiro butique, all inclusive, com ambiente sofisticado, muitas obras de arte...”. É assim que começa descrevendo os navios da Uniworld a diretora comercial da empresa, Beatriz Camargo.

Segundo a executiva, os navios da rede são recomendados para clientes acima de 45 anos (a média é de 55 anos). Senhoras que viajam com amigas; casais de férias ou comemorações especiais; conhecedores de vinho e apreciadores de atividades como yoga e caminhadas: esses são alguns dos perfis que mais aparecem pelos cruzeiros da rede, de acordo Beatriz.

“Nosso enfoque são os destinos, e neles, os passeios terrestres, todos inclusos nos cruzeiros. Tem opções para diferentes tipos de viajante, como o “Viaje como um local”, para conhecer peculiaridades da cidade; o gentle walking, para passageiros com menor mobilidade e que querem ver pontos turísticos; o village day, para as pessoas que querem sair um pouco dos centros e ter experiências no campo, como em vinícolas... e por aí vai”.

Sua dica é olhar com atenção as obras de arte dos navios, que incluem obras de Pablo Picasso. “Eles chegam perto de serem museus de arte flutuantes”, brincou Beatriz.

SILVERSEA
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Jean Saraiva, diretor de Vendas da Silversea
Jean Saraiva, diretor de Vendas da Silversea
Para finalizar, Jean Saraiva, diretor de Vendas da Silversea, explicou um pouco da rede, dividindo-a em dois segmentos: Expedições e Clássico.

O primeiro deles é para um público a partir de 40 anos. “O objetivo principal não é o cruzeiro, mas sim a aventura e o destino”, explica Saraiva. “O cruzeiro passa a ser a conveniência do transporte, da comida, do conforto. A idade menor é também devido à mobilidade para desembarcar e embarcar em uma série de destinos, como praias e geleiras. "O produto é de expedição, então é para pessoas um pouco mais novas e atléticas”, resumiu.

Já o produto Clássico é voltado, principalmente, para viajantes acima de 50 anos, com destaque para casais e grupos de amigos.

Vale lembrar que a empresa é a que possui o maior número de navios de luxo entre as companhias de cruzeiros de alto padrão: são nove. O total de leitos da Silversea (2,8 mil) é menor apenas que a da Viking Ocean (4,6 mil), que conta com apenas cinco navios, mas de maior porte.

No share global, a Silversea representa 16% do mercado de cruzeiros marinhos de luxo, atrás da Viking (23%), e seguido de Regent (13,8%), Seabourn (12,9%) e Crystal (10,9%), que completa o top 5 do ranking.

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