A mais capitalizada: Cohen crê em futuro promissor da Flytour

Uma das empresas mais endividadas do Turismo é hoje a mais capitalizada do mercado e agora volta a decolar para voos mais altos do que jamais alcançou. É assim que Marcelo Cohen está encarando a Flytour, empresa que adquiriu há menos de um mês e uniu a seus negócios da Belvitur, formando a holding BeFly. Ao lado do fundador e membro do conselho da Flytour, Elói Oliveira, Cohen promete transformações na BeFly e novas aquisições nos próximos 90 dias.

"A Flytour é uma sobrevivente. É inacreditável como a empresa conseguiu sobrevivera esses 18 meses de pandemia sem dinheiro em caixa. E quero garantir que nada muda na Flytour. A única mudança é que ela deixou de ser uma das empresas com mais dívida do Turismo para ser a mais capitalizada", afirma Cohen, ao lado de Oliveira no palco do Meeting Festuris, em Gramado (RS).

"O boom do mercado é real e chegou a nossa hora, chegou a hora de nos recuperarmos do prejuízo. O futuro da Flytour é promissor. Estamos estruturando a operadora, a VaiVoando terá o dobro de franquias a consolidadora está reestruturada, o capital humano de toda holding é um ativo formidável. Vamos trabalhar com força a base de agente de viagens e jamais seremos concorrentes deles. Ajudaremos todo mundo a ganhar dinheiro", completa o proprietário da Belvitur, empresa que ele garante: terá em 2021 o melhor ano de sua história de quase seis décadas.

FLYTOUR CONSOLIDADORA TEVE O MAIOR INVESTIMENTO

A consolidadora foi a empresa de maior investimento do Grupo Flytour na formação da holding, segundo Elói Oliveira. Ele conta que nos últimos 30 dias entraram 40 pessoas novas, entre diretores, gerentes e outros executivos. Um novo departamento de Marketing foi criado.


"Tudo o que adquirimos nessas décadas foi devido à consolidação, em parceria com os agentes de viagens. Por isso, jamais concorreremos com os agentes. Eu e Marcelo Cohen dividimos a mesma sala nos últimos seis meses e me impressionou o quanto ele entendeu de consolidação e o quanto tem para agregar. É por isso, e pelos colaboradores antigos e novos, que acredito tanto em nosso futuro", afirmou o fundador da Flytour.

Ele ainda afirma que tecnologia aliada ao poderio humano dos colaboradores Flytour faz com que a empresa acredite na prosperidade ressaltada pelo seu novo parceiro nos negócios. "Trata-se de um ecossistema que juntará toda essa tecnologia em um só ambiente. Executaremos todas as interfaces para que o ecossistema fique pronto e distribuído ao agente."

Cohen também reforça a criação do selo FlyMember, que começa com um projeto piloto de 50 agências afiliadas.

DEPOIS DO SIX SENSES BOTANIQUE, MAIS AQUISIÇÕES

Marcelo Cohen disse à plateia de profissionais do Turismo no Meeting Festuris que novas aquisições estão no radar da BeFly. "Em abril de 2020, abrimos dois caixas na Belvitur: um para a manutenção da própria empresa e outro para aquisições, pois entendemos que teríamos oportunidades na crise. Já adquirimos empresas de tecnologia, o hotel Botanique (Six Senses) e temos no radar mais dois hotéis de luxo e em torno de seis ou sete startups. Teremos mais novidades nos próximos três meses. Somos um grupo do bem."

"FLYTOUR DE JEITO NENHUM"

Bem humorado, Marcelo Cohen ainda revelou que "Flytour de jeito nenhum" foi a resposta dada quando se aproximaram dele para sugerir o negócio. Quando viu valor em tudo o que estava à venda, decidiu que a compra valeria a pena para as pretensões da Belvitur mas com uma ressalva "a sede de Alphaville e o 'velhinho' eu não quero", brincou novamente, com Elói ao seu lado.

"Quando visitei a sede e conheci o 'velhinho', o taxei de louco pelo tanto que trabalhava, pela vitalidade e profissionalismo. Hoje somos uma dupla que se encaixa e vamos continuar trabalhando muito forte, ao lado de uma equipe do bem, e nosso futuro é muito promissor."