Agências de viagens movimentam R$ 10 bilhões por ano no Brasil
Fenactur produziu estudo especial sobre características e particularidades do setor de agenciamento
Com apoio da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a Federação Nacional de Turismo (Fenactur) produziu um estudo especial sobre as características e particularidades do setor de agenciamento de viagens no Brasil, que reúne aproximadamente 23 mil agências de Turismo e gera cerca de R$ 10 bilhões em serviços por ano, com valor adicionado de R$ 6,3 bilhões.
O trabalho técnico foi realizado pelo Instituto de Pesquisas, Estudos e Capacitação em Turismo (Ipeturis), do Sindicato das Empresas de Turismo no Estado de São Paulo (Sindetur-SP), com base nos resultados de pesquisas de campo realizadas nos últimos cinco anos para o estudo Indicadores Econômicos do Agenciamento Turístico Nacional.
Segundo o levantamento, o segmento de agenciamento turístico é composto, quase em sua totalidade, por micro e pequenas empresas: 95% de todas as companhias do setor têm até dez trabalhadores diretos. No total, a média de trabalhadores por empresa é de 2,73, e os gastos com pessoal chegam a R$ 3,8 bilhões.
A pesquisa também mostra que 51% das empresas de agenciamento no Brasil estão concentradas no Sudeste. O Sul e Nordeste também apresentam parcelas expressivas, com 20% e 17%, respectivamente. Além disso, as participações de cada região se mantiveram essencialmente estáveis entre 2006 e 2018, com uma pequena perda de participação do Nordeste (- 0,7%) e um ligeiro ganho da região Sul (+0,4%).
As passagens aéreas representam 42% das vendas das agências de viagens, seguidas por pacotes turísticos (35%) e hospedagem (13%). O estudo revela ainda que 56% das vendas são para pessoas físicas e 38% para as empresas privadas. Os destinos nacionais (55%) são a preferência da maioria dos brasileiros, em comparação com as viagens internacionais (45%).
VOLUME DE VENDAS
A região Nordeste se destaca pela grande participação de empresas de agenciamento de viagens, que vendem até R$ 100 mil por trimestre (43%), e pelo pequeno número de empresa que vendem mais de R$ 1 milhão por trimestre (8%).
Já as regiões Sul e Sudeste, que apresentam empresas com maiores níveis de vendas, não se destacam pelo número de empresas com vendas trimestrais de até R$ 100 mil, mas sim pelo grande número de empresas com vendas trimestrais acima de R$ 1 milhão (18%).
VALOR ADICIONADO
As empresas de agenciamento de viagens produzem anualmente um total de R$ 10 bilhões em serviços. Deste valor, R$ 3,7 bilhões são destinados ao pagamento de bens e serviços adquiridos de outras empresas (consumo intermediário), restando um valor adicionado bruto de R$ 6,3 bilhões anuais.
O valor adicionado é composto por R$ 3,8 bilhões de gastos com pessoal e R$ 2,5 bilhões de excedente operacional bruto.
EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE EMPREGADOS
O setor de agenciamento de viagens emprega cerca de 65,7 mil pessoas no País. A evolução desse número ao longo do período de 2006 a 2018 acompanhou o crescimento, queda e recuperação parcial do número de empresas. No entanto, as variações no número de empregados foram ainda mais acentuadas.
De 2006 a 2013, o número de empregados cresceu 56,1%, caindo 14,8% (10,6 mil empregos) entre 2013 e 2017. A recuperação teve início em 2018. Em 2018 e 2019, o número de empregos cresceu um total de 4,8% (4,4 mil empregos).
TRIBUTOS
A arrecadação pelo governo, por meio de tributos cobrados sobre as agências de viagens, também é alta. Entre 2011 (R$ 700 milhões) e 2019 (R$ 1,8 bilhão), a arrecadação caiu apenas em 2015 (de R$ 1,4 bilhão, em 2014 para R$ 1,3 bilhão), apresentando um crescimento total de 144% no período.
O diretor da CNC responsável pelo Conselho Empresarial de Turismo e Hospitalidade (Cetur), Alexandre Sampaio, reforça a necessidade de adoção de medidas econômicas mais audaciosas voltadas especificamente para o setor de Turismo, um dos mais impactados pela pandemia de covid-19. Sobretudo com o fechamento das fronteiras em diversos países, o que fez reduzir drasticamente o fluxo de turistas no Brasil desde março.
“Precisamos minimizar os efeitos nocivos da recessão sobre os níveis de emprego e a capacidade de arrecadação tributária por parte do setor”, concluiu Sampaio.
VEJA O ESTUDO NA ÍNTEGRA CLICANDO AQUI
O trabalho técnico foi realizado pelo Instituto de Pesquisas, Estudos e Capacitação em Turismo (Ipeturis), do Sindicato das Empresas de Turismo no Estado de São Paulo (Sindetur-SP), com base nos resultados de pesquisas de campo realizadas nos últimos cinco anos para o estudo Indicadores Econômicos do Agenciamento Turístico Nacional.
Segundo o levantamento, o segmento de agenciamento turístico é composto, quase em sua totalidade, por micro e pequenas empresas: 95% de todas as companhias do setor têm até dez trabalhadores diretos. No total, a média de trabalhadores por empresa é de 2,73, e os gastos com pessoal chegam a R$ 3,8 bilhões.
A pesquisa também mostra que 51% das empresas de agenciamento no Brasil estão concentradas no Sudeste. O Sul e Nordeste também apresentam parcelas expressivas, com 20% e 17%, respectivamente. Além disso, as participações de cada região se mantiveram essencialmente estáveis entre 2006 e 2018, com uma pequena perda de participação do Nordeste (- 0,7%) e um ligeiro ganho da região Sul (+0,4%).
As passagens aéreas representam 42% das vendas das agências de viagens, seguidas por pacotes turísticos (35%) e hospedagem (13%). O estudo revela ainda que 56% das vendas são para pessoas físicas e 38% para as empresas privadas. Os destinos nacionais (55%) são a preferência da maioria dos brasileiros, em comparação com as viagens internacionais (45%).
VOLUME DE VENDAS
A região Nordeste se destaca pela grande participação de empresas de agenciamento de viagens, que vendem até R$ 100 mil por trimestre (43%), e pelo pequeno número de empresa que vendem mais de R$ 1 milhão por trimestre (8%).
Já as regiões Sul e Sudeste, que apresentam empresas com maiores níveis de vendas, não se destacam pelo número de empresas com vendas trimestrais de até R$ 100 mil, mas sim pelo grande número de empresas com vendas trimestrais acima de R$ 1 milhão (18%).
VALOR ADICIONADO
As empresas de agenciamento de viagens produzem anualmente um total de R$ 10 bilhões em serviços. Deste valor, R$ 3,7 bilhões são destinados ao pagamento de bens e serviços adquiridos de outras empresas (consumo intermediário), restando um valor adicionado bruto de R$ 6,3 bilhões anuais.
O valor adicionado é composto por R$ 3,8 bilhões de gastos com pessoal e R$ 2,5 bilhões de excedente operacional bruto.
EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE EMPREGADOS
O setor de agenciamento de viagens emprega cerca de 65,7 mil pessoas no País. A evolução desse número ao longo do período de 2006 a 2018 acompanhou o crescimento, queda e recuperação parcial do número de empresas. No entanto, as variações no número de empregados foram ainda mais acentuadas.
De 2006 a 2013, o número de empregados cresceu 56,1%, caindo 14,8% (10,6 mil empregos) entre 2013 e 2017. A recuperação teve início em 2018. Em 2018 e 2019, o número de empregos cresceu um total de 4,8% (4,4 mil empregos).
TRIBUTOS
A arrecadação pelo governo, por meio de tributos cobrados sobre as agências de viagens, também é alta. Entre 2011 (R$ 700 milhões) e 2019 (R$ 1,8 bilhão), a arrecadação caiu apenas em 2015 (de R$ 1,4 bilhão, em 2014 para R$ 1,3 bilhão), apresentando um crescimento total de 144% no período.
O diretor da CNC responsável pelo Conselho Empresarial de Turismo e Hospitalidade (Cetur), Alexandre Sampaio, reforça a necessidade de adoção de medidas econômicas mais audaciosas voltadas especificamente para o setor de Turismo, um dos mais impactados pela pandemia de covid-19. Sobretudo com o fechamento das fronteiras em diversos países, o que fez reduzir drasticamente o fluxo de turistas no Brasil desde março.
“Precisamos minimizar os efeitos nocivos da recessão sobre os níveis de emprego e a capacidade de arrecadação tributária por parte do setor”, concluiu Sampaio.
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