Karina Cedeño   |   16/04/2025 15:19

Grupo Hotusa revela interesse em desenvolver operação hoteleira no Brasil

Rio de Janeiro tem alto potencial para ser o destino escolhido nesse plano de expansão, dizem executivos


PANROTAS / Karina Cedeño
Xavier Cortés e Alberto Barredo, ambos do Grupo Hotusa
Xavier Cortés e Alberto Barredo, ambos do Grupo Hotusa

O grupo espanhol Hotusa (detentor da broker Restel, que já está no mercado brasileiro há 15 anos, da Keytel e da Eurostars Hotel Company), anunciou, nesta WTM Latin America 2025, a intenção de desenvolver uma operação hoteleira no Brasil. Segundo o diretor do grupo, Alberto Barredo, o Rio de Janeiro tem alto potencial para ser o destino escolhido nesse plano de expansão.

“Temos muita vontade de fazer nossa estreia no Brasil com a operação hoteleira, quando aparecer a ocasião oportuna. O Brasil é um País que conhecemos muito bem e que tem um potencial em Turismo doméstico absolutamente importante. Considerando a nossa rede hoteleira, preferimos nos concentrar em destinos que tenham um componente misto entre nacional, internacional, corporativo e lazer... nesse sentido, o Rio de Janeiro tem o perfil de cidade que mais se parece com aquelas onde temos presença, o que não quer dizer que descartaremos outros destinos”

Alberto Barredo, diretor do Grupo Hotusa

“Quando você chega a um país para gerenciar hotéis, tem que chegar preparado para poder competir. E hoje creio que estaríamos mais bem preparados para competir em destino com alto componente de cliente internacional do que talvez em um destino onde o cliente principal seja o brasileiro”, reforçou o empresário.

Brasil já é terceiro principal mercado para o Grupo Hotusa

Alberto Barredo também destacou a importância do mercado brasileiro para o grupo. “Para nós o Brasil sempre foi, nos últimos 12 anos, um país muito importante como emissor de turistas e agora se tornou também muito importante como destino. No primeiro trimestre de 2025, o Brasil foi o terceiro país para o qual mais vendemos no mundo, só superado por Espanha e Estados Unidos, que, claro, são responsáveis por mais de 90 milhões de turistas, enquanto o Brasil é responsável por apenas sete milhões. Mas para nós realmente está sendo uma grande surpresa, porque estamos tendo muita demanda para o Brasil”, conta.

Soluções da Keytel visam estimular a venda direta dos hotéis

De acordo com o managing diretor da Keytel, Xavier Cortés, a tecnologia sempre teve muito protagonismo na empresa.

“É um dos pilares mais importantes da nossa proposta de serviços e nossa plataforma própria permite aos hotéis, de uma forma fácil, que se comercializem em múltiplos países, com realidades muito distintas entre eles. Há países onde a venda baseada em agências tradicionais é maior, outros nos quais também há players atuando on-line e toda essa adaptação às especificidades de cada mercado obviamente se faz com uma base tecnológica importante", comenta o executivo.

"A venda direta dos hotéis precisa de um suporte tecnológico muito grande e não só apenas em questões transacionais. Esse suporte permite aos empreendimentos que a venda realizada através de intermediários possa ser feita de forma direta, e nesse ponto entra a relação com o cliente, seja antes, durante ou depois da estada, que é onde ocorre a fidelização. Nesse ponto, a tecnologia será muito importante e vemos claramente uma grande oportunidade para os hotéis ganharem vantagens competitivas com base nisso"

Xavier Cortés, managing director da Keytel

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